O Dia Nacional da Inovação é celebrado no Brasil no dia 19 de outubro. A data tem como base o feito do aeronauta e inventor brasileiro Alberto Santos Dumont. A inovação é um tema constantemente presente no mercado, mas como ele pode ser, de fato, aplicado nos negócios, independentemente do tamanho das empresas e do segmento de atuação?
A inovação é essencial para o crescimento e a prosperidade das empresas, pois as capacita a se adaptarem, evoluírem e atenderem às crescentes expectativas dos consumidores em um ambiente de negócios em constante mudança. Empresas que abraçam a inovação tendem a estar melhor posicionadas para enfrentar desafios e aproveitar oportunidades à medida que surgem.
O que significa inovar nos negócios?
“Inovar é, basicamente, pegar algo que já existe e melhorá-lo, aprimorá-lo, seja de maneira cotidiana, simples, ou de maneira revolucionária. Atualmente, a estratégia de inovação é percebida como um diferencial competitivo mais do que nunca. Isso é especialmente verdade em um mundo cada vez mais digital, dinâmico e criativo. Inovar se torna uma questão de adaptação, criatividade e aproveitar ao máximo os recursos disponíveis”, explica o CEO da IDK Media, Eduardo Augusto.
Na prática, a inovação nos negócios envolve uma grande gama de ações e abordagens, e entre elas estão:
Criar produtos ou serviços inovadores que atendam às necessidades dos clientes de maneira única ou melhor do que a concorrência;
Aprimorar produtos ou serviços já existentes, tornando-os mais eficazes, confiáveis ou acessíveis;
Aplicar a inovação aos processos internos da empresa para aumentar a eficiência, reduzir custos e melhorar a qualidade;
Uso de tecnologias avançadas, como inteligência artificial, automação de tarefas repetitivas e análise de big data, que podem melhorar a eficiência operacional e a tomada de decisões;
Mudar a forma como a empresa gera receita, faz parcerias ou entrega valor aos clientes pode ser uma forma poderosa de inovar nos negócios;
Explorar novos canais de distribuição, o uso de mídias sociais de maneira criativa ou o desenvolvimento de campanhas promocionais inovadoras, além de encontrar maneiras inovadoras de entender e atender às necessidades dos clientes.
Ou seja: nem sempre a inovação vai estar exclusivamente ligada a tecnologias complexas. Outras iniciativas também podem trazer grandes avanços neste sentido, como explica a CEO da Plure, primeira plataforma de vagas de trabalho exclusivas para mulheres, Jheny Coutinho. “Empresas mais diversas e inclusivas são mais inovadoras e existem vários estudos que comprovam isso. A diversidade é sinônimo de inovação, e também de resultados positivos, empatia, inclusão, engajamento e produtividade”. Levantamento feito pelo Instituto Identidades do Brasil (IDBR) evidenciou que para cada 10% de elevação da diversidade de gênero, verificou-se o acréscimo de aproximadamente 5% na produtividade dessas organizações.
Tecnologia e dados a serviço da inovação
Quando falamos em tecnologia e inovação, não podemos deixar de lado a importância dos dados nesse processo. Uma pesquisa, realizada pela consultoria Forrester, mostra que pelo menos 66% das empresas ao redor do mundo levam seus negócios orientados por dados. Dessas, porém, são poucas as que sabem tratar esses dados adequadamente – apenas 21%. A mesma pesquisa mostra que no Brasil, 48% dos negócios estão em fase inicial no trabalho com dados.
Um outro levantamento, realizado pela consultoria McKinsey mostra que as organizações que aproveitam os dados e informações sobre os clientes de forma estratégica superam os seus pares em 85% no crescimento das vendas e em mais de 25% na margem bruta.
“Através da análise assertiva dos dados, é possível obter inputs e insights que farão toda a diferença para a inovação em um cenário tão competitivo. No mundo data-driven atual, as organizações que não aproveitam o poder de ferramentas de inteligência de dados correm o risco de ficar atrás de seus concorrentes. As empresas precisam adotar essas plataformas para obter informações valiosas e vantagem competitiva significativa, e otimizar a tomada de decisões”, explica o Diretor de Business Development da consultoria internacional Keyrus, Fábio Gomes.
“Em uma era de crescente digitalização e mudanças radicais do comportamento do consumidor, os dados oferecem o caminho para manter-se à frente e em constante inovação, identificando tendências emergentes e entendendo as mudanças nas preferências do consumidor. Assim, a adequação das estratégias e ofertas se torna mais ágil e eficiente. De nada adianta o produto certo, para a pessoa certa, mas na hora errada, por exemplo”, explica o especialista em dados e inovação e professor de MBA da FGV, Kenneth Corrêa.
A inovação é crucial no contexto da experiência do consumidor, seja em qual segmento for. Um exemplo atual e presente no dia a dia do brasileiro é a digitalização financeira. Dados da Pesquisa Febraban de Tecnologia Bancária 2023 mostram que a adesão do brasileiro a tecnologias como o Pix, o WhatsApp e o Open Finance, entre outras, foi responsável pelo crescimento recorde de 30% nos últimos onze anos, com aumento de 43% das transações nos canais digitais – elas correspondem a quase 80% do total das movimentações bancárias no país.
A pesquisa também detectou um crescimento de 971% em 2022 na quantidade de usuários pessoa física do Open Finance em comparação com o ano anterior. 80% dos bancos respondentes do levantamento afirmam que até 10% de sua base de clientes aderiu ao Open Finance, número que deve apresentar novo crescimento neste ano.
Outro estudo, divulgado pelo Banco Central, mostrou que a utilização do celular para a realização de transações financeiras saltou de 9% em 2016 para 79% em 2022; enquanto, no mesmo intervalo, as operações por canais presenciais caíram de 53% para 5%.
“O fato é que a transformação digital já é uma realidade, avança ano a ano, e vem para elevar o nível do mercado no país, além de democratizar o acesso aos serviços bancários. O Brasil já é referência mundial em Open Finance, conta com uma tecnologia avançada como o Pix, que também é referência no mundo, e tanto o cliente quanto o mercado só têm a ganhar. As instituições precisam cada vez mais explorar de forma inteligente as oportunidades que surgem com os avanços tecnológicos, e o horizonte se mostra positivo”, pontua Alan Mareines, CEO da fintech Lina OpenX.
A inovação é essencial para o progresso humano, o crescimento econômico e a competitividade no mercado. Ela pode ser impulsionada por uma variedade de fatores, incluindo pesquisa e desenvolvimento, criatividade, colaboração, investimento em tecnologia e a capacidade de adaptação às mudanças nas condições do mercado e na sociedade. Em um mundo cada vez mais conectado, na era da informação e da digitalização, a inovação oferece uma série de vantagens significativas para os negócios, independentemente do tamanho ou do setor.
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