Em um cenário atual, vemos a Inteligência Artificial (IA) ganhando cada vez mais espaço na sociedade e no mundo corporativo. Segundo uma pesquisa da Bain & Company, lançada em julho de 2023, implementar soluções de IA será prioridade para 85% das cooporações em nível global, com uma previsão de que, até 2032, esse segmento passe a valer R$ 1,3 trilhão, conforme apontou a Bloomberg, em junho do mesmo ano. Esse cenário é ainda mais visível quando vemos empresas implementando novas tecnologias para reduzir os impactos negativos de suas atividades humanas no meio ambiente. Uma vez que se torna indispensável a sua responsabilização e preocupação com a sustentabilidade, já que suas atividades geram diversos efeitos negativos sobre o meio ambiente.
Tiziano Peres, professor e treinador em Inteligência Artificial, afirma que a IA pode ser uma grande aliada das organizações na busca pela sustentabilidade ambiental, pois pode oferecer soluções inovadoras e eficientes: “a Inteligência Artificial é uma grande aliada na transformação das empresas, e quando se trata de sustentabilidade ela pode ajudar a otimizar processos, reduzir custos, melhorar a qualidade e desenvolver novos produtos e serviços que sejam mais compatíveis com o meio ambiente”, afirma.
Em um dos congressos de inovação e tecnologia que aconteceram em 2023, no Canadá, o Collision, o uso da Inteligência Artificial nas corporações foi uma das pautas discutidas. O vice-presidente da Associação Brasileira de Startups, Felipe Matos, um dos speakers do evento, reiterou que a tecnologia pode ajudar ou dificultar o alcance das metas: “tudo vai depender de como a empresa aplica a Inteligência Artificial em suas operações”, afirmou.
Caso aplicada de forma incorreta, essas medidas podem causar efeitos negativos e causar um efeito reverso, distanciando-se das práticas sustentáveis.
Efeitos Negativos
Os efeitos negativos são aqueles que causam danos ou degradação ao meio ambiente, como a emissão de gases de efeito estufa, o consumo de energia e água, a geração de resíduos e poluição, a perda de biodiversidade e habitats, a contaminação do solo e da água, entre outros.
De acordo com o professor e treinador em Inteligência Artificial, Tiziano Peres, a forma de contornar esses efeitos negativos é adotando uma gestão ambiental estratégica, que consiste em planejar, implementar, monitorar e avaliar as políticas, os programas, os projetos e as ações que visam minimizar os impactos negativos e maximizar os benefícios positivos das suas atividades sobre o meio ambiente e que essas medidas sejam implementadas em conjunto com a IA, “é preciso que as organizações tenham objetivos claros de sustentabilidade e adotem uma abordagem ética e responsável no uso da IA, considerando os princípios da sustentabilidade ambiental em todas as etapas do processo”, completa o especialista.
A Inteligência Artificial está destinada a dominar e transformar os espaços de trabalho. Dessa forma é necessário que exista um equilíbrio dos benefícios potenciais e os riscos associados às ações, isso irá garantir que a IA seja uma força necessária e positiva para o desenvolvimento de um futuro sustentável para a humanidade.