A economia de impacto foi tema de uma conferência livre realizada nesta terça-feira (5), no âmbito da 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (5ª CNCTI). O evento, promovido pelo MCTI e pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), discutiu como a ciência, tecnologia e inovação podem impulsionar esse setor, promovendo o desenvolvimento sustentável.
Na abertura do evento, a ministra do MCTI, Luciana Santos, destacou a importância do diálogo promovido pela conferência com todos os atores da sociedade para compreensão do papel da ciência e da tecnologia no dia a dia do povo brasileiro. “Esse diálogo permite que a gente aprenda mutuamente e possa fazer um caminho democrático, de tomada de decisão, dos rumos da política de ciência e tecnologia para ajudar o Brasil a superar os desafios”, afirmou.
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Guila Calheiros, que também integra o Grupo Executivo da 5ª CNCTI, ressaltou que que empreendedorismo e inovação são fundamentais para manter a dinâmica econômica e a capacidade de geração de emprego e renda, mas precisam levar em consideração a economia de impacto. “Não há empreendedorismo e inovação efetiva sem uma visão de sustentabilidade e de equidade social”, afirmou.
Segundo Guila Calheiros, as discussões promovidas pela conferência livre são focadas em como mobilizar recursos e gerar empresas e empreendedores cada vez mais conscientes do seu papel de mudança da realidade do país com um desenvolvimento sustentável. “Quando a gente olha a economia de impacto é para compreender que precisamos gerar retorno financeiro para as organizações, mas também garantir equilíbrio para a sociedade e todo o ecossistema”, concluiu.
Para o secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Alexandre Brasil, o MEC e as universidades federais atuam de forma dedicada na economia de impacto para realizar mudanças em um futuro próximo na concepção e execução das políticas industriais e no sistema de ciência e tecnologia brasileiro. “Temos um projeto de país que inclui as pessoas e nos impõe um desafio maior, que é pensar em mudar arranjos, lógicas, estruturas e processos”, apontou.
A programação da conferência livre “Ciência, Tecnologia e Inovação para Impulsionar a Economia de Impacto” incluiu uma série de painéis sobre temas como a Estratégia Nacional de Impacto (Enimpacto), instituída em 2023; a legislação vigente de CT&I e o que precisa ser aprimorado; o papel da academia no apoio ao empreendedorismo e como consolidar a economia de impacto como pilar fundamental para o desenvolvimento sustentável.
A íntegra da conferência pode ser conferida no YouTube do MCTI.
5ª CNCTI
Com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”, a 5º CNCTI acontece entre os dias 4 e 6 de junho, em Brasília. Depois de 14 anos da última edição, a conferência vai reunir novamente sugestões da sociedade para elaborar a Estratégia Nacional de CT&I para os próximos 10 anos.
A 5ª CNCTI pretende mobilizar e abrir um grande espaço para o diálogo, e envolver diferentes atores da sociedade, como representantes das instituições de ensino e pesquisa, públicas e privadas, a sociedade civil, setor empresarial, comunidade acadêmica, organizações não governamentais, associações e entidades de classe, assim como do governo.
Já estão em andamento as etapas municipais, estaduais e regionais. Também estão no cronograma encontros temáticos e etapas livres. As Conferências Livres, como a realizada hoje sobre Economia de Impacto, são uma oportunidade para as pessoas debaterem os mais diversos temas de interesse relacionados à CT&I.
Saiba mais sobre essas e outras informações da 5ª CNCTI no site 5cncti.org.br
