Segundo estudo realizado pela consultoria corporativa Gartner, 42% dos líderes estão alavancando as atividades de sustentabilidade. Até 2026, 70% das lideranças responsáveis pela seleção, contratação e gerenciamento de fornecedores terão a sustentabilidade como prioridade. Corroborando os dados da Gartner, o ACI Institute, da KPMG, aponta um aumento de 12% na divulgação de informações relacionadas a ESG (sigla em inglês para ambiental, social e governança).
Na área de tecnologia, existem desafios específicos para minimizar o impacto ambiental. Para o Rogério Ferreira, Diretor administrativo da Clear IT, empresa que oferece soluções em nuvem-híbrida, rede de dados, proteção da informação e cibersegurança,“acelerar a conscientização das empresas em relação ao descarte dos equipamentos de forma correta e aumentar os processos de TI verde vão permitir que as organizações mantenham o ritmo de crescimento, além de reafirmar o compromisso sustentável diante de consumidores e parceiros”.
O executivo destaca que alguns desafios envolvem o uso e descarte de hardware de computador, políticas de prevenção e privacidade de dados, além de diversidade e inclusão.
Uso e descarte consciente de dispositivos
O descarte consciente de dispositivos deve ser avaliado pelas empresas. Segundo o executivo, o avanço de novas funcionalidades torna os produtos adquiridos obsoletos em pouco tempo e exige a compra de novos. Aumentando o investimento financeiro, além de aumentar o descarte dos dispositivos com pouco tempo de uso.
Uma alternativa apontado por Rogério Ferreira é “ As empresas podem destinar computadores e itens de eletrônicos para entidades de ensino, a doação dará sobrevida ao produto e acesso a uma boa tecnologia para pessoas que poderiam não ter acesso”
Políticas de proteção e privacidade de dados
Com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD) e comissões de políticas de privacidade e proteção de dados, as empresas que coletam e armazenam grandes volumes de dados precisam desenvolver processos de transparência, a fim de não violar a privacidade dos usuários. “Os usuários precisam saber como os dados que disponibilizam serão utilizados pela organização, seja para compreender hábitos de consumo, preferências ou para cadastro, em geral. Sabendo o que será feito com suas informações, o usuário permite ou não que elas sejam usadas. É a forma mais transparente das empresas agirem”, explica o especialista.
Compliance
Treinar os colaboradores para terem processos transparentes e claros é um trabalho contínuo do time de compliance, que além de avaliar os riscos também desenvolve planos para minimizar problemas futuros. O time também tem o desafio de desenvolver novos protocolos com frequência, uma vez que a tecnologia avança em ritmo acelerado.
Diversidade
Majoritariamente a área de tecnologia é um ambiente formado por homens. Para os próximos anos, ter um time mais diverso e inclusivo, será fundamental para acompanhar a evolução da tecnologia e a chegada das próximas gerações enquanto consumidoras. “Ter um ambiente diverso de pessoas ajuda na tomada de decisões mais ponderadas, aumenta a criatividade do time e aumenta a vantagem competitiva e o valor do negócio no mercado”, finaliza.