A computação em nuvem já é um conceito conhecido e bastante aplicado na indústria. Contudo, o desenvolvimento de plataformas nativas fez com que o conceito evoluísse para cloud native. À medida que o termo ganha ascensão, as empresas ficam mais inclinadas a investir cada vez mais no desenvolvimento desse tipo de aplicações, principalmente para ter um crescimento escalável e resiliente.
Também conhecido como cloud computing, a computação em nuvem tem ocupado um papel de destaque na transformação digital da indústria nos últimos anos, como mostra uma pesquisa realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que demonstra que quase 85% das empresas industriais de médio e grande porte utilizavam pelo menos uma tecnologia digital avançada em 2022. Nesse contexto, a computação em nuvem foi a mais usada, sendo apontada por 73,6% delas.
Termo abrangente, o cloud computing se refere aos serviços de tecnologia da informação e comunicação conectados à internet e usados para acessar recursos computacionais configuráveis. Entre eles, estão servidores; redes; programas; capacidade de armazenamento; poder de computação. Dessa forma, não há a necessidade de estar conectado a um computador pessoal ou servidor local.
A solução surgiu para democratizar as informações e se destaca como uma tecnologia indispensável para indústrias de todos os setores que querem inovar com mais agilidade. No início, a computação em nuvem era mais centralizada. Os recursos computacionais e de armazenamento forneciam respostas às demandas dos usuários por meio de aplicativos móveis e da internet.
Na chamada segunda geração da computação em nuvem, houve o crescimento na oferta dos serviços. Além disso, foram criados novos data centers e mais opções de provedores surgiram. Nesse período, a solução passou a ser considerada mais confiável pelas pessoas. Já na terceira geração do cloud computing surgiu com o advento da internet das coisas, o que trouxe diversos desafios. Afinal, muitos produtos foram lançados com conexão com a internet, mas eles não poderiam enviar dados à nuvem para não gerar problemas de latência ou tráfego.
Assim, outras soluções surgiram para resolver esse desafio, como o fog e o edge computing. Entre as novas tecnologias que mais têm se destacado no âmbito da computação em nuvem, está o cloud native, uma evolução da computação em nuvem. Na proposta inicial, os programas eram apenas adaptados para funcionar na nuvem. Já na nova abordagem, sistemas, plataformas e ferramentas são planejados e criados para rodar nesse formato. Isso significa que as soluções são desenvolvidas diretamente em nuvem e, por esse motivo, não há perdas de desempenho. Logo, os profissionais da área utilizam metodologias e tecnologias que possibilitam realizar todas as etapas de programação já nesse formato.
Entre os principais pilares da cloud native estão os microsserviços, uma maneira de criar aplicações a partir da divisão delas em serviços menores e independentes, que podem ser executados de forma autônoma; os contêineres, unidades leves e portáteis que guardam o código, suas dependências e configurações; e o princípio de entrega contínua, uma prática de desenvolvimento de software que visa automatizar e otimizar o processo para ambientes de produção, todas elas modernizam os processos dentro da indústria.
Agilidade e velocidade de desenvolvimento, escalabilidade, adaptabilidade, segurança, redução de custo e melhora da experiência do cliente, são apenas algumas das principais vantagens dessa tecnologia. Na contramão, não acompanhar a evolução da computação em tempos de indústria 4.0 resulta além de obsolescência de equipamentos e processos; perda de eficiência na produção e dificuldades na atração de investimentos, algo fundamental para inovar. Para crescer, é preciso olhar para a frente e adotar as novas tecnologias e desse futuro, ninguém escapará.
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EMILLY MAYSA JUSTINO DOS SANTOS
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