*Por Alby Azevedo, CEO da ThePayGroup
Embora muitos acreditem que os pagamentos digitais sejam uma revolução recente, na verdade, têm suas raízes nas décadas de 1970 e 1980, quando os primeiros sistemas de transferência eletrônica de fundos (TEF) foram desenvolvidos nos Estados Unidos. No entanto, começaram a se tornar mais proeminentes com o avanço da internet e a popularização do comércio eletrônico nos anos 1990.
Um marco significativo foi a fundação da PayPal, em 1998, que revolucionou a forma como as transações financeiras eram realizadas on-line, permitindo que usuários transferissem dinheiro eletronicamente de forma rápida e segura. A ascensão do comércio eletrônico e o aumento da confiança nas transações digitais impulsionaram ainda mais o desenvolvimento e a adoção de sistemas de pagamento na web.
Desde então, vimos uma proliferação de métodos, incluindo cartões de crédito e débito, carteiras digitais, sistemas móveis e criptomoedas. Ainda desde a pandemia de covid-19, testemunhamos uma rápida migração do universo analógico para o digital, e com os meios de pagamento não foi diferente – também tiveram de se adaptar às medidas de restrições. Com isso, a digitalização da economia, que vinha caminhando com certo ceticismo, ganhou grande impulso e se tornou “o novo normal”.
Protagonista do mercado financeiro
No epicentro dessa transformação está o Brasil, onde o Pix emergiu como um protagonista dominante no cenário financeiro, redefinindo a maneira como os brasileiros realizam transações. Por causa dele e de outras iniciativas de digitalização da economia, o BC do Brasil foi eleito, neste ano, pela revista Central Bank, o melhor Banco Central do mundo.
O Pix, que inicialmente era intitulado “sistema de pagamentos instantâneos”, permitiu que os usuários transferissem fundos entre contas bancárias de forma rápida, segura e gratuita, a qualquer hora, incluindo fins de semana e feriados. Com a adesão massiva de consumidores e empresas, estabeleceu-se como o método de pagamento preferido no país, superando alternativas tradicionais como TED e DOC.
Além do Pix, outras formas de pagamento, como as criptomoedas, têm ganhado destaque como alternativas viáveis aos métodos convencionais. Embora ainda enfrentem desafios regulatórios e volatilidade de preços, ativos digitais como Bitcoin e Ethereum estão gradualmente sendo aceitos por empresas e consumidores em todo o mundo, incluindo gigantes como a Tesla.
Drex em foco
No Brasil, o mercado de criptomoedas tem experimentado um crescimento significativo, impulsionado pela incerteza econômica e pela busca por diversificação de investimentos. Além disso, a recente introdução de CBDCs (Central Bank Digital Currencies), como o Drex, representa uma evolução importante no ecossistema financeiro.
O Drex não será só uma moeda digital, mas também um ecossistema completo de “dinheiro programável”, ou seja, os pagamentos serão agendados ou em real time e ficarão atrelados a “tarefas” vinculadas a contratos inteligentes e autoexecutáveis. Parece algo complexo, mas pense em um simples pedido de entrega de pizza. Hoje, você paga antes de receber. Com o Drex, basicamente, o pagamento só será liberado para a pizzaria quando confirmar o recebimento do produto e atestar que está tudo certo.
Economias no metaverso
Junto a essa transformação de pagamentos instantâneos, que engloba moedas e carteiras digitais, as gigantes mundiais de tecnologia estão mirando no crescente universo do metaverso e na integração de pagamentos hands free. Como um espaço virtual tridimensional, o metaverso está sendo cada vez mais explorado por empresas como Facebook (agora Meta) e Epic Games, que veem o potencial de criar economias digitais dentro desses ambientes.
Nesse contexto, os métodos de pagamento por meio de reconhecimento facial e biometria estão se tornando mais comuns. Essas tecnologias oferecem uma experiência de compra simplificada e segura, eliminando a necessidade de cartões físicos ou dispositivos móveis.
À medida que avançamos para um futuro cada vez mais digital, a evolução dos métodos de pagamento continuará a moldar a paisagem financeira global. No Brasil, o Pix lidera o cenário, enquanto as criptomoedas e os CBDCs prometem uma nova era de transações financeiras digitais. Além disso, grandes empresas que exploram novas fronteiras no metaverso e na tecnologia hands free, preparam o setor e os consumidores para uma experiência ainda mais conveniente e integrada. A chave para o sucesso? Capacidade constante de adaptação e inovação!
*Alby Azevedo é CEO da ThePayGroup, empresa de Dubai que detém fintechs ao redor do mundo, viabilizando sistemas de pagamentos rápidos, seguros e 100% regulamentados. – thepaygroup@nbpress.com.br.
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HERIKA MENDES GRACINDO COSTA
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