Em um mundo onde a Inteligência Artificial (IA) está cada vez mais integrada aos negócios, o papel dos líderes, especialmente dos conselheiros, tem se transformado de maneira significativa. A tecnologia tem permitido avanços impressionantes em eficiência operacional, análise de dados e tomada de decisões. No entanto, conforme Roger Michaelis, CEO, CFO e conselheiro de empresas de capital aberto, especialista em governança corporativa, observa: “A IA é uma ferramenta poderosa, mas a palavra final ainda depende de nós, seres humanos”.
O Papel Dinâmico e Holístico do Conselheiro
A responsabilidade dos conselheiros evoluiu muito nos últimos anos. Não se trata mais apenas de supervisionar ou aconselhar sobre questões financeiras e operacionais. Hoje, a governança corporativa demanda uma abordagem holística, onde os conselheiros devem considerar aspectos que vão além do lucro e da eficiência, como cultura organizacional, sustentabilidade e, claro, ética no uso da tecnologia. Roger Michaelis ressalta que, embora a IA ofereça um suporte crucial nas operações, cabe aos conselheiros trazer a dimensão ética e estratégica às decisões: “A IA pode ajudar com dados e análises, mas são os líderes que devem avaliar o contexto humano e organizacional”, afirma.
É nesse cenário que a IA surge como uma aliada estratégica. Ela facilita a análise de cenários complexos, identifica padrões e tendências ocultas e até sugere possíveis caminhos para a empresa seguir. Mas, como Michaelis destaca, “a IA carece de uma dimensão fundamental: a compreensão do contexto humano e organizacional”.
Ele também observa que, assim como no passado, ferramentas como o pacote Office substituíram o WordStar e o Lotus 123, a adoção da IA segue uma trajetória semelhante: “O futuro da tecnologia é implacável – precisamos abraçar as mudanças e nos preparar para o que está por vir”.
A Governança Proativa na Era da IA
Em um ambiente corporativo dinâmico e cada vez mais conectado, a governança precisa ser proativa, antecipando desafios e oportunidades. E, embora a IA possa contribuir significativamente na análise preditiva, Michaelis lembra que somos nós, conselheiros, que devemos garantir que as decisões reflitam mais do que números e algoritmos: “A IA pode sugerir estratégias, mas cabe a nós interpretar essas informações no contexto maior da organização”.
Essa abordagem reforça a necessidade de uma governança que não apenas reaja aos desafios, mas que antecipe mudanças, considerando os impactos de curto e longo prazo.
IA e a Dimensão Humana das Decisões
A inteligência artificial é brilhante em dados, mas falta-lhe a sensibilidade humana. Roger Michaelis enfatiza: “A IA não tem empatia e não considera o impacto emocional das decisões nos funcionários, clientes e na sociedade”. Portanto, é fundamental que os conselheiros garantam que o uso da IA esteja alinhado com os valores e a cultura da organização.
Ele reforça que, por mais avançada que seja a tecnologia, “a IA deve ser uma ferramenta, não o guia final. Somos nós que moldamos as decisões de acordo com os valores e propósitos da empresa”.
Reflexão: A Palavra Final é Nossa
Não há dúvidas de que a IA está revolucionando o mundo dos negócios, e seu impacto na governança corporativa já é perceptível. No entanto, Roger Michaelis lembra: “No final das contas, cabe a nós tomar as decisões que melhor alinhem o uso da tecnologia com os objetivos humanos, éticos e estratégicos da empresa”.
A IA pode fornecer insights excepcionais, mas a palavra final deve sempre vir de quem compreende o contexto mais amplo: “A decisão é nossa”, conclui Michaelis.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
ALAIDE EVANGELISTA DA SILVA
lala.projetos@gmail.com