São Paulo, XX de outubro de 2024 – Dados recentes do IBGE revelam que aproximadamente 120 mil brasileiros se identificam com o judaísmo, uma antiga tradição abraâmica que segue os preceitos da Torá (Bíblia Hebraica). Respondendo de maneira inovadora a essa demanda, a Coderdox, uma empresa jovem que começou a trilhar seu caminho no desenvolvimento de aplicações durante a pandemia, uniu-se à linguagem de programação Delphi para criar o Empório Iavne. Este é o primeiro aplicativo de delivery no Brasil totalmente dedicado à culinária kosher, oferecendo uma experiência gastronômica única para a comunidade judaica.
A Coder Box, do desenvolvedor Moisés, surgiu na pandemia diante da necessidade do mundo por mais conectividade e serviços remotos. Quando a empresa que Moisés trabalhava como CLT fechou em meio ao surto de coronavírus, a sua empresa de um homem só que antes realizava predominantemente serviços de infraestrutura de rede e sistemas para renda extra teve de se reinventar. O programador passou do mundo da infraestrutura para o desenvolvimento de aplicativos. E que melhor maneira de fazer isso do que por uma comunidade que já tinha contato?
Assim nasceu o aplicativo Empório Iavne, especializado em comida kosher e desenvolvido para seguir os preceitos da Torá. A palavra “kosher”, de origem hebraica, significa “apropriado” ou “adequado”. No contexto alimentar, refere-se a alimentos que seguem as leis judaicas descritas na Torá. As regras das leis kosher abrangem diversas restrições, como a separação rigorosa de carne e leite, o abate casher realizado por um ritualista judeu treinado, a proibição estrita de carne de porco, a exigência de escamas e barbatanas em peixes, e a inspeção minuciosa de frutas e vegetais para garantir a ausência de insetos, considerados impuros. Essas práticas são essenciais para a manutenção da conformidade com as tradições religiosas judaicas no âmbito alimentar.
Sensível a essas questões, certas adaptações foram essenciais no desenvolvimento do app. Por exemplo, quando um pedido é feito, múltiplos tickets são gerados para que as cozinhas segmentadas comecem o preparo do alimento, sempre separando os derivados de carne e leite desde a preparação até os utensílios, como ditam os preceitos do livro sagrado. O pedido então é enviado por delivery, mantendo o cuidado na separação dos alimentos e inspeção dos ingredientes. Os serviços da Iavne estão disponíveis na capital paulista, área de maior concentração da comunidade judaica no país.
A jornada de Moisés também impressiona: da ideia à disponibilização do app nas plataformas, ele e uma equipe de apenas 2 pessoas realizaram todo o processo em apenas seis meses e em uma IDE completamente gratuita: o Delphi Community.
O Delphi Community Edition é um ambiente de produção para desenvolvedores pensado para estudantes, non profits e start-ups como a do Moisés, fator crucial para que a Coder Box pudesse dar asas ao projeto com um orçamento limitado. A base desenvolvida ainda é reaproveitável para qualquer outro projeto de delivery e já apta para pagamentos em cartão de crédito e pix, o que permite a Moisés produzir aplicativos como o da Iavne em menos de 40 dias.
Já homologada pela Pag Seguro, a tecnologia conta com um fator extra de segurança: os dados de pagamento não ficam salvos, eles são armazenados temporariamente no banco SQ Lite com criptografia de ponta, atendendo a um dos requisitos da LGPD – Lei Geral de Proteção de Dados.
Judaísmo no Brasil
A comunidade judaica brasileira é a segunda maior e a mais antiga da América Latina, sendo mais predominante nos Estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Rande do Sul respectivamente. Apesar do número de judeus não ser pequeno, em uma megalópole como São Paulo, lar das maiores comunidades de imigrantes e descendentes de japoneses (326 mil só na cidade, mais de 2 milhões no país), italianos (5,5 milhões na cidade, 13 milhões no país) e libaneses (3,2 milhões em todo o país) do mundo, até os 70 mil judeus que vivem na cidade podem parecer uma comunidade pequena em meio a profusão de culturas.
Por isso, em prol de manter a cultura e suas tradições vivas, a comunidade judaica brasileira utiliza da tecnologia para se manter unida e conectada com sua fé, como vem se evidenciando particularmente desde a pandemia
Durante o surto de Covid que assolou o mundo em 2020, a comunidade judaica foi uma das primeiras entre as religiosas a adotar medidas de distanciamento e o formato remoto para suas celebrações. Tão cedo quanto 13 de março do mesmo ano, os Shabat presenciais – reuniões em família para celebrar o sétimo dia da semana, dia do Senhor – foram suspensos e substituídos por celebrações virtuais, algo sem precedentes até então na comunidade, que em suas vertentes mais ortodoxas proíbe a tecnologia no Shabat.
Hoje, quatro anos depois do primeiro surto da doença, percebemos o enorme impacto do evento para a transformação digital da economia, do trabalho e dos próprios espaços sociais, com cada vez mais serviços e atividades sendo realizadas remotamente por segurança e conveniência, como propõe o app do Empório Iavne à comunidade judaica.
Para o futuro, o desenvolvedor Moisés ainda não sabe qual será o próximo aplicativo, mas são inúmeras possibilidades. A entrevistadora que tem filho celíaco já encomenda: “Que tal um para quem não pode comer glúten? Eu baixaria”. Ele ri e rebate: Mais do que baixar, ela pode ser sócia dessa ideia com ele. A possibilidade e o mercado certamente existem.
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