A Black Friday já se tornou uma data importante no Brasil e deve movimentar, nesta 14ª edição, R$ 9,3 bilhões, gerando um faturamento para o varejo 9,1% maior do que em 2023, de acordo com a Confi.Neotrust. Muitas empresas estão realizando suas ações desde agora, embora o grande dia aconteça apenas em 29 de novembro, e essa movimentação tem gerado certa preocupação.
Além de consumidores, buscando preços mais baixos e empresas criando ofertas, outro grupo está de olho em toda essa movimentação: os criminosos.
Além de prestar atenção nos preços, o consumidor precisa estar atento para não cair em golpes através de sites e mensagens falsas, especialmente pelo WhatsApp, como explica Ediney Giordani, especialista em comunicação da KAKOI Comunicação.
“As chances de alguém se deparar com uma empresa falsa são grandes. Antigamente, isso também acontecia, mas o layout e os erros grosseiros de português entregavam que se tratava de um site falso. Agora, até mesmo as URLs, que são os endereços www, estão bem feitas. As páginas falsas, inclusive, replicam cores, imagens e logos para iludir os consumidores, além de utilizarem mensagens para confundir ainda mais” alerta Ediney.
O que as empresas podem fazer?
As grandes marcas já apostam em uma comunicação mais centralizada, em que a página oficial é amplamente divulgada nas redes sociais. Muitos marketplaces possuem seus próprios aplicativos, o que é uma camada extra de segurança. Ediney ressalta que manter essa comunicação é uma maneira eficaz para os canais oficiais:
“A inteligência artificial está sendo utilizada para copiar toda a comunicação de algumas empresas, incluindo famosos. Lojas online que vendem smartphones, brinquedos e videogames, só para citar alguns dos produtos mais buscados, precisam redobrar o cuidado e pedir para que seus clientes verifiquem a veracidade da promoção. Criar campanhas para avisar sobre possíveis fraudes através de banners no site oficial, com dicas e mostrando quais são os canais oficiais, fortalece esse laço de confiança”, conclui.
Outro mecanismo de defesa é manter um canal aberto de comunicação pelas redes sociais, para tirar dúvidas de clientes que suspeitarem de possíveis irregularidades, além de criar sites robustos para evitar invasões.
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AROLDO ANTONIO GLOMB JUNIOR
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