O ambiente de negócios na América Latina está passando por transformações e a infraestrutura de TI está no centro dessa mudança. As empresas precisam monitorar seus sistemas de maneira eficaz para garantir que suas operações permaneçam ágeis, seguras e confiáveis. Um estudo recente revela dados importantes sobre como as organizações latino-americanas estão investindo em monitoramento de TI e enfrentando desafios relacionados à sua infraestrutura digital.
O estudo, intitulado “A jornada de monitoramento de TI em organizações latino-americanas para decisões baseadas em dados”, foi realizado com 360 empresas de médio e grande porte em países como Argentina, Brasil, Chile, Colômbia e México. Setores estratégicos como Finanças, Varejo, Governo e Telecomunicações foram analisados para fornecer um panorama completo do cenário de monitoramento de TI na região.
Um aumento expressivo nos investimentos em TI
Um dos destaques mais relevantes do estudo é o aumento dos investimentos em TI pelas organizações latino-americanas. Historicamente, as empresas destinam até 10% de suas receitas a tecnologias da informação. No entanto, o cenário está mudando rapidamente: hoje 54,9% das organizações destinam até 15% de seus rendimentos a investimentos em TI, o que demonstra uma dependência crescente da tecnologia para sustentar e impulsionar as operações empresariais.
Este aumento expressivo nos investimentos reflete a consciência, por parte das organizações, de que as soluções tecnológicas são vitais para manter a competitividade em um mundo cada vez mais digitalizado. O monitoramento de TI, em particular, está no centro dessa tendência, uma vez que garante a continuidade dos negócios, protege os ativos digitais e possibilita decisões estratégicas com base em dados precisos.
A adoção de soluções de monitoramento em expansão
Outro dado importante revelado pelo estudo é que 51% das organizações já monitoram mais de 50% de sua infraestrutura de TI. Este número é encorajador, pois indica que mais da metade das empresas entrevistadas reconhecem a importância de manter uma supervisão ativa e abrangente de seus sistemas e redes.
No entanto, ainda há desafios a serem superados. O estudo aponta que 41% dos executivos entrevistados têm entre 16% e 50% de suas aplicações e processos de negócios monitorados. Essa cobertura parcial cria riscos, como a subutilização de recursos, falhas operacionais e lacunas de segurança que podem comprometer a integridade dos sistemas e a experiência dos clientes.
A necessidade de uma cobertura de monitoramento mais completa é evidente, especialmente à medida que as organizações continuam a expandir suas operações e digitalizar seus processos. Garantir que todos os aspectos críticos da infraestrutura de TI estejam sendo monitorados é essencial para mitigar riscos e otimizar o desempenho operacional.
Monitoramento de processos críticos
Os processos de negócio associados a clientes e usuários finais também estão no foco das preocupações das empresas. Segundo o estudo, 49% das organizações monitoram apenas entre 16% e 50% de seus processos associados a transações com clientes. Esta baixa cobertura é preocupante, pois limita a capacidade das empresas de melhorar a qualidade dos serviços prestados e de antecipar potenciais problemas que possam afetar a experiência dos clientes.
O monitoramento eficaz dos processos críticos permite às empresas identificar oportunidades de melhoria contínua e prever incidentes antes que eles ocorram. Além disso, uma supervisão mais detalhada garante que as operações relacionadas a clientes sejam conduzidas de maneira segura e eficiente, o que é fundamental para a satisfação e a retenção de clientes em um ambiente de negócios altamente competitivo.
Flexibilidade e otimização de custos
O estudo também analisou como as organizações estão equilibrando a flexibilidade e o custo de suas soluções de monitoramento de TI. No México, por exemplo, 38,9% das empresas utilizam um modelo híbrido, que combina soluções comerciais com outras ferramentas, buscando maior personalização e otimização de custos. Essa abordagem equilibrada permite que as organizações escolham as ferramentas que melhor se adequam às suas necessidades, sem comprometer a eficiência ou a escalabilidade.
Além disso, o estudo revela que 22,4% das empresas mexicanas preferem exclusivamente soluções comerciais, enquanto 19,6% utilizam apenas ferramentas de código aberto. Esses dados indicam que as organizações estão priorizando a flexibilidade ao escolher soluções que possam ser integradas de maneira eficiente com suas infraestruturas e que ofereçam o melhor custo-benefício.
O monitoramento de TI como aliado estratégico
Os números apresentados no estudo deixam claro que o monitoramento de TI se tornou uma prioridade estratégica para as organizações na América Latina. As empresas estão cada vez mais conscientes de que a capacidade de monitorar seus sistemas de forma contínua e proativa é essencial para garantir a integridade, a segurança e a eficiência de suas operações.
Contar com dados precisos e ágeis permite que as organizações tomem decisões fundamentadas e respondam rapidamente a incidentes ou oportunidades de melhoria. No atual cenário de negócios, onde a transformação digital está acelerando e os desafios tecnológicos se tornam mais complexos, o monitoramento de TI baseado em dados não é apenas uma ferramenta operacional, mas uma alavanca estratégica para o sucesso.
À medida que as empresas latino-americanas continuam a expandir seus investimentos em TI, a importância de um monitoramento eficaz e abrangente se torna cada vez mais evidente. Os dados do estudo revelam um cenário de crescimento e conscientização, mas também apontam áreas onde ainda há espaço para melhorias, especialmente no que diz respeito à cobertura de monitoramento de processos críticos e à otimização de custos.
O futuro do monitoramento de TI na América Latina é promissor, com as organizações cada vez mais focadas em utilizar as ferramentas certas para proteger suas operações e oferecer serviços de alta qualidade a seus clientes. À medida que a transformação digital avança, o monitoramento contínuo e baseado em dados se tornará uma peça-chave para a sustentabilidade e o sucesso das empresas na região.
Conheça o relatório da íntegra aqui.
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ISABELA NUNES DE ALMEIDA
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