*Por Fernando Wolff
A Inteligência Artificial está cada vez mais presente em nosso dia a dia. Seja nas empresas ou para uso pessoal, à medida em que ela evolui, os mais diversos setores da economia se preocupam com os impactos a longo prazo. Um dos assuntos que mais tem dividido opiniões é a geração de vozes humanas por meio da IA, que não só está revolucionando a comunicação entre empresas e clientes, impactando setores diversos, como saúde, varejo, marketing, entre outros.
Tanto no Brasil quanto no cenário global, isso mostra a importância de se ter novas regulamentações que busquem garantir o uso ético e seguro dessas novas tecnologias. Um exemplo recente é a decisão da FCC (Federal Communications Commission), dos EUA, que expandiu a aplicação da TCPA (Telephone Consumer Protection Act) para incluir tecnologias de IA que geram vozes humanas.
O principal objetivo é proteger os consumidores de práticas abusivas, como as chamadas não autorizadas, além de assegurar que as empresas utilizem suas inovações dentro de regras claras. As empresas que usam tecnologia de geração de voz agora precisam obter consentimento expresso antes de realizar chamadas, além de identificar o responsável pela comunicação e oferecer mecanismos de opt-out, ou seja, que a pessoa tenha autonomia em seu cadastro, podendo solicitar a exclusão a qualquer momento.
O congresso dos EUA está atento ao uso dessas tecnologias em comunicações e novas leis podem surgir exigindo o uso da IA em chamadas e mensagens de texto. No contexto brasileiro, há uma preocupação semelhante e a discussão sobre a regulamentação do uso de vozes humanas também está ganhando destaque. O projeto de lei 2338/2023 busca regulamentar o uso da Inteligência Artificial em diversos setores, desde a dublagem até aplicações na saúde.
Porém, ao mesmo tempo, essa implementação pode ser um grande desafio, principalmente para as startups e pequenas empresas que podem enfrentar dificuldades financeiras e operacionais para se adaptar. Diante disso, se faz necessário haver um incentivo a essas companhias, em que haja um trabalho conjunto com governos, organizações não governamentais, aceleradoras de startups e grandes empresas, porque isso impacta diretamente no desenvolvimento econômico e social. A meu ver, a inovação tecnológica é um caminho sem volta e deve andar junto com a responsabilidade social, pois assim poderemos garantir que a IA beneficie a todos, mantendo um equilíbrio saudável entre progresso e ética.
*Fernando Wolff, é CEO e Sócio-fundador da Tech4Humans, uma startup com duas áreas de negócios: SaaS e AIaaS. No SaaS, oferece soluções avançadas de hiperautomação para operações de atendimento a clientes facilitando a gestão, automação e acompanhamento de solicitações. No AIaaS, a plataforma Tech4.ai permite às empresas construir e implementar soluções de inteligência artificial com tecnologias open source, garantindo agilidade, governança e alto desempenho. Por meio de suas tecnologias, os clientes da Tech4humans conseguem melhorar a eficiência operacional, reduzir custos e aumentar a qualidade do atendimento ao cliente, facilitando a escalabilidade das operações, sempre com a garantia de compliance com processos e regulamentações.
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Gabriela Calencautcy
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