A adoção da impressão 3D no setor industrial vem crescendo, trazendo vantagens como a redução de custos com materiais e logística, além da redução de erros nos processos produtivos. Nesse cenário, o plástico se destaca por sua versatilidade e durabilidade.
O uso dessa tecnologia já é observado em diversos setores. O mercado de embalagens inteligentes, que também inclui o plástico, foi avaliado em US$ 22 bilhões em 2023 e deve alcançar US$ 45 bilhões até 2032.
Além disso, a impressão 3D tem ganhado cada vez mais espaço na área da saúde, sendo aplicada na produção de próteses e modelos médicos. Pesquisas seguem em andamento para ampliar suas possibilidades no futuro.
Plástico inteligente como alternativa na indústria
O plástico inteligente, também chamado de plástico responsivo, é um material capaz de modificar suas propriedades em resposta a estímulos como luz, temperatura e pressão.
Essa característica permite sua adaptação a diferentes aplicações. Nos Estados Unidos, por exemplo, a tecnologia foi utilizada na fabricação de robôs, pois a flexibilidade do material possibilita que ele seja dobrado e esticado sem risco de quebra.
Por sua capacidade de alternar entre rigidez e maleabilidade conforme a necessidade, o plástico inteligente também é empregado na produção de próteses. Além de resistente a impactos e calor, o material não é tóxico.
Diante do avanço dessa tecnologia na indústria, o portal Mundo Plástico reúne informações sobre as principais inovações no Brasil e no mundo, acompanhando os desenvolvimentos científicos e tecnológicos do setor.
Reciclagem química para reduzir resíduos
A reciclagem química permite transformar plásticos e outros materiais em novos produtos, como combustíveis e outros químicos, devolvendo os polímeros à sua composição original. Esse processo pode ser realizado por diferentes métodos, entre eles:
Hidrogenação: quebra térmica das cadeias poliméricas com uso de oxigênio, gerando radicais livres que podem ser convertidos em hidrocarbonetos e misturas para produção de gasolina e diesel.
Gaseificação: combustão parcial do plástico com quantidade limitada de oxigênio, resultando em gás que pode ser utilizado em motores, turbinas e bombas de irrigação.
Pirólise: decomposição térmica sem oxigênio, levando à formação de compostos químicos que podem ser separados e reaproveitados.
Quimólise: uso de substâncias como água, metanol e glicol para quebrar os polímeros em monômeros.
No Brasil, a empresa Greenback adotou a reciclagem química em 2023, com instalações capazes de processar cerca de 3 mil toneladas de plástico por ano.
Transformação digital impulsiona o setor
A digitalização também tem contribuído para otimizar o uso do plástico na indústria, tornando os processos mais eficientes e reduzindo custos operacionais em até 20%.
A internet das coisas (IoT) vem sendo aplicada para conectar dispositivos e integrar sistemas de produção, permitindo o compartilhamento de informações em tempo real. Além disso, a inteligência artificial possibilita a automação de tarefas e a análise de dados para aumentar a eficiência da cadeia produtiva.
No contexto da impressão 3D, essas tecnologias ajudam a reduzir desperdícios, minimizar falhas na produção e tornar a gestão de estoques mais eficaz.
Sustentabilidade como prioridade no futuro
Com a maior preocupação ambiental e a demanda por práticas mais sustentáveis, o desenvolvimento de plásticos biodegradáveis tem se consolidado como uma alternativa viável.
Produzidos a partir de fontes renováveis, como algas, milho e cana-de-açúcar, esses materiais se decompõem sem causar danos ao meio ambiente. De acordo com a Statista, a produção global de plásticos biodegradáveis deve crescer de 2,2 para 7,4 milhões de toneladas entre 2022 e 2028.
Além de tornar a indústria mais eficiente, essas inovações ajudam a reduzir os impactos ambientais causados pelo plástico convencional, que pode levar até 500 anos para se decompor.
Com aplicações cada vez mais diversificadas, o plástico inteligente como alternativa na impressão 3D segue transformando a indústria, abrindo caminho para soluções mais sustentáveis e inovadoras.
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CAIO FERREIRA IRINEU
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