Umas das principais apostas em tecnologia é o avanço no uso de agentes de Inteligência Artificial (IA) – sistemas que conseguem interagir com seu ambiente, coletar dados e usá-los para realizar tarefas determinadas de forma autônoma. Segundo Felipe Pontieri, Diretor de Inteligência Artificial da TQI, além de ser uma tendência, muitas empresas já aplicam na prática esses programas para otimizar processos e tomar decisões mais assertivas, incluindo a utilização em áreas como o varejo e recursos humanos.
Uma pesquisa da Deloitte prevê que 25% das empresas que utilizam IA generativa lançarão projetos-piloto ou provas de conceito com agentes de IA ainda em 2025, aumentando o número de iniciativas para 50% até 2027. Isso quer dizer que a implementação dessa tecnologia é uma estratégia já praticada em empresas que desejam aumentar a eficiência operacional, reduzir custos e melhorar a experiência do cliente.
O que são os agentes de IA?
Agentes de Inteligência Artificial (IA) são sistemas ou programas que são projetados para realizar tarefas que normalmente exigiriam inteligência humana. Eles são capazes de perceber o ambiente, tomar decisões e agir de forma autônoma ou semiautônoma, com o objetivo de alcançar um ou mais objetivos. Os agentes de IA são frequentemente baseados em algoritmos de aprendizado de máquina, redes neurais, processamento de linguagem natural e outras tecnologias avançadas.
“Diferente de automação de processos tradicionais, que respondem apenas a comandos, os agentes de IA podem executar processos completos e interagir de maneira proativa. Já o RPA tradicional é mais limitado e depende de um conjunto fixo de regras ou instruções, sem a capacidade de adaptação ou tomada de decisão por conta própria”, explica Pontieri.
Benefícios e aplicações
A integração de agentes de IA no ambiente corporativo traz diversos benefícios. Um estudo da McKinsey aponta que a tecnologia pode gerar um aumento de produtividade de até 40% em setores como atendimento ao cliente, operações e gestão de processos empresariais.
Ao eliminar ineficiências e otimizar a alocação de recursos, o uso de agentes autônomos consegue também reduzir custos operacionais e contribuir com a tomada de decisões mais assertivas. Segundo o Gartner, empresas que utilizam a tecnologia para a análise de dados são capazes de tomar decisões estratégicas 25% mais rápidas, aumentando a precisão e a competitividade.
“Outra vantagem é a experiência do cliente. Com o atendimento personalizado, é possível entender as necessidades do consumidor e responder de forma eficiente. No e-commerce, por exemplo, agentes de IA podem recomendar produtos com base no comportamento e nas preferências do usuário, criando uma experiência mais customizada e atraente”, destaca Pontieri.
É o que já acontece na área de recursos humanos (RH). Uma empresa que recebe milhares de currículos por dia é capaz de analisar todas as candidaturas, selecionar perfis adequados e ainda conduzir entrevistas iniciais por assistentes virtuais. No final, ele entrega ao setor de RH uma triagem sucinta de profissionais mais adequados para a posição. “Com esse tipo de aplicação, é possível gerar uma economia de tempo significativa, além do aumento da precisão do processo de recrutamento”, diz Fernanda Gullo, Gerente Executiva de Pessoas & Cultura.
Desafios da implementação
Apesar das vantagens, a adoção de agentes de IA também apresenta desafios. O primeiro deles é garantir a proteção das informações utilizadas pela tecnologia para manter a confiança dos clientes e atender às regulamentações, uma vez que a transparência nas decisões tomadas pelos agentes deve ser garantida para evitar vieses prejudiciais e desrespeitar questões éticas de privacidade com o cliente.
Outro ponto que pode assustar na hora da implementação é a complexidade técnica. A implementação de agentes de IA exige uma infraestrutura robusta e profissionais qualificados para desenvolvimento e manutenção.
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SAMARA ALCANTARA SOUZA
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