Com visuais etéreos, criaturas fantásticas e um forte compromisso com o meio ambiente, as animações do Studio Ghibli encantam gerações. Agora, a estética criada por Hayao Miyazaki e Isao Takahata se torna tendência no universo digital, sendo amplamente replicada por IAs generativas. Mas essa apropriação levanta questionamentos: qual o limite entre inspiração e uso indevido? E como a própria filosofia do estúdio se contrapõe ao uso massivo de tecnologia? Especialistas em Comunicação, Direito Ambiental e Direito Autoral da Universidade São Judas debatem o tema das novas tecnologias e impactos socioambientais.
Para a pesquisadora e professora Dra. Lília Horta, a atual popularização da estética “Ghibli-like” por meio da inteligência artificial revela uma contradição com os próprios princípios do estúdio japonês. “Todas as temáticas do Miyazaki geralmente colocam tecnologia versus meio ambiente. Existe uma crítica constante ao uso indiscriminado da tecnologia — uma marca que vem da biografia do próprio diretor e do contexto histórico do Japão”, afirma. “O pai e o tio dele fabricavam aviões usados na guerra. Ele sempre se sentiu em dívida com a sociedade por isso.”
Além da temática, Lília também destaca a singularidade estética do estúdio, marcada por traços delicados, olhares expressivos e uma animação propositalmente “travada”. “A lentidão e a organicidade são características que reforçam o vínculo entre os personagens e a natureza. Não é só um traço. É uma memória desenhada. Quando isso se torna apenas filtro, perde-se toda a densidade simbólica da obra.”
Do ponto de vista jurídico, o debate também é urgente. Segundo o advogado Dr. Vinicius Rios, especialista em Direito Autoral, a legislação atual não dá conta da complexidade do que está em jogo. “A Lei de Direitos Autorais brasileira não protege ‘estilo’ artístico. Mas quando a reprodução estética se aproxima de personagens, composições e paletas visuais específicas, pode haver uso indevido ou concorrência desleal.”
Rios destaca que está em tramitação na Câmara o Projeto de Lei 2.338/2023, que propõe transparência nos dados utilizados para treinar IAs e prevê remuneração a autores cujas obras forem utilizadas. “O desafio é equilibrar inovação com valorização humana. A IA não surge do nada — ela aprende com quem já criou. E isso precisa ser reconhecido e, eventualmente, compensado.”
Enquanto o campo jurídico ainda amadurece suas respostas, a estética do Studio Ghibli segue sendo replicada — às vezes com reverência, outras, com esvaziamento. “É natural que fãs se inspirem”, pondera Lília. “Mas quando isso se torna produção massificada sem sentido, esvazia-se o que há de mais importante na obra: sua alma crítica e afetiva.”
Sobre a São Judas
A São Judas integra o maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima de Educação. Com mais de 50 anos de história, é nota máxima no MEC (Ministério de Educação). Com 11 unidades localizadas na Capital, Grande São Paulo e Baixada Santista, conta com mais de 130 cursos de Graduação e Pós-Graduação Lato e Stricto Sensu. A instituição combina qualidade e acessibilidade, tradição e inovação, com o uso de novas metodologias educacionais, laboratórios multidisciplinares de aprendizagem integrada e programas de desenvolvimento de competências socioemocionais. Além disso, o estudante aprende na prática desde o primeiro dia de aula, em seus mais de 200 laboratórios e núcleos de atendimento à população.
Sobre a Ânima Educação
Com o propósito de transformar o Brasil pela educação, a Ânima é o maior e o mais inovador ecossistema de ensino de qualidade para o país, com um portfólio de marcas valiosas e um dos principais players de educação continuada na área médica. A companhia é composta por cerca de 370 mil estudantes, distribuídos em 18 instituições de ensino superior, e em mais de 500 polos educacionais por todo o Brasil. Integradas também ao Ecossistema Ânima estão marcas especialistas em suas áreas de atuação, como HSM, HSM University, EBRADI (Escola Brasileira de Direito), Le Cordon Bleu (SP), SingularityU Brazil, Inspirali, Community Creators Academy, e Learning Village, primeiro hub de inovação e educação da América Latina, além do Instituto Ânima.
Em 2023, a Forbes, uma das revistas de negócios e economia mais respeitadas no mundo, elencou a Ânima entre as 10 maiores companhias inovadoras do país e, em 2022, o ecossistema de ensino, também foi destaque do Prêmio Valor Inovação – parceria do jornal Valor Econômico e a Strategy&, consultoria estratégica da PwC – figurando no ranking de empresas mais inovadoras do Brasil no setor de educação. A companhia também se destacou no Finance & Law Summit Awards – FILASA, em 2022, como Melhor Departamento de Compliance. Em 2021, a organização educacional foi destaque no Guia ESG da revista Exame como uma das vencedoras na categoria Educação. Desde 2013, a companhia está na Bolsa de Valores, no segmento de Novo Mercado, considerado o de mais elevado grau de governança corporativa.
Notícia distribuída pela saladanoticia.com.br. A Plataforma e Veículo não são responsáveis pelo conteúdo publicado, estes são assumidos pelo Autor(a):
JULIANA ANTUNES SANTOS
julianaantunes@textual.com.br