O saldo comercial acumulado do ano de 2023 já supera o total de 2022. Os dados positivos para o presente ano são motivados pela agropecuária.
Até agosto de 2023, o superávit comercial acumulado é de US$ 62,4 bilhões, enquanto o total observado para 2022 foi de US$ 61,8 bilhões.
Observa-se que a partir de maio, os superávits comerciais mensais de 2023 foram sempre superiores aos de 2022.
Mesmo em projeções pessimistas para o saldo comercial em 2023, ainda haveria superávits superiores ao observado no ano anterior.
Como já observado nos relatórios anteriores, a melhoria no valor do superávit no corrente ano tem sido explicada pelo aumento do volume exportado e recuo no volume importado.
Os resultados por setor de atividade mostram que a principal contribuição para o superávit da balança é da agropecuária (US$ 53,4 bilhões), seguida da extrativa (US$ 33,4 bilhões). A indústria de transformação tem déficit no valor de US$ 24,1 bilhões.
Para o caso da agropecuária, cinco commodities explicam mais de 60% do total das exportações: soja em grão, petróleo bruto, minério de ferro e milho.
No caso das importações, predominam as não commodities, com participação ao redor de 90% das compras brasileiras do exterior.
A China lidera as transações comerciais com o Brasil, seguida por Estados Unidos e Argentina.
As importações recuaram para todos os mercados.
As informações são do Instituto Brasileiro de Economia, FGV-IBRE.