A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu nesta segunda-feira (26), em Brasília, representantes da Associação Nacional de Pós-Graduandos (ANPG). A entidade apresentou à ministra um conjunto de propostas para aumentar os investimentos em C&T no país e combater a evasão de mestres e doutores.
Um estudo da entidade traçou um panorama sobre a formação dos pós-graduandos e sua relação com o mercado de trabalho. Os dados apontam uma defasagem nos investimentos públicos em ciência e tecnologia, a perda de talentos para outros países ou mesmo para profissões fora da área de formação.
“Temos uma perda de talentos onde jovens pesquisadores estão migrando para outros países ou profissões fora da área acadêmica. Não é saudável para o Estado investir nesses talentos e não obter o retorno no campo científico”, apontou Vinicius Soares, presidente da ANPG.
Entre as soluções propostas pela ANPG estão a destinação de 2% do PIB para Ciência e Tecnologia, uso do fundo social do pré-sal para o setor, valorização das bolsas de pesquisa e uma cesta de direitos que assegure proteção social e condições para a produção científica.
A ministra Luciana Santos afirmou que as propostas estão alinhadas aos objetivos da pasta de valorização da ciência, combate ao negacionismo e retomada dos investimentos na área. “A recomposição do FNDCT foi uma das medidas céleres do governo Lula para retomar os investimentos em ciência e tecnologia. O CNPq analisa medidas para estancar a fuga de cérebros do país e, por meio do Pró-Infra, estamos destinando recursos para a infraestrutura de pesquisa de todo o país”, listou.
A ministra também confirmou apoio às pautas que dependam do Congresso Nacional e convidou a instituição a participar dos debates da 5ª Conferência Nacional de Ciência e Tecnologia, que vai definir a estratégia nacional de CT&I dos próximos 10 anos.
Também participaram da reunião, a vice-presidente da ANPG, Ana Priscila Alves, a diretora de Mulheres, Amanda Mendes, e Cássio Borges, tesoureiro geral.