A Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação do Rio Grande do Sul criou, após um dia de debate, grupos de trabalho e definiu os temas prioritários que serão levados ao encontro regional – em Curitiba (PR) – e, posteriormente, à etapa nacional (5ª Conferência de Ciência, Tecnologia e Inovação), de 4 a 6 de junho, em Brasília (DF). O encontro aconteceu na quinta-feira (7), na Universidade do Vale do Rio do Sinos (Unisinos), em Porto Alegre (RS) e foi promovido pela Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do RS (Sict) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Sul (Fapergs).
Durante todo o dia, os quatro grupos de trabalho abordaram assuntos de interesse da área. No período da manhã, cada eixo realizou painéis com autoridades e especialistas da área de CT&I para a manifestação de diferentes pontos de vista e de propostas de atuação. À tarde, o debate foi aprofundado com a divisão dos participantes de cada eixo temático em grupos menores para discussões sobre os assuntos.
A secretária de Inovação, Ciência e Tecnologia, Simone Stülp, destacou a importância desses debates para o fortalecimento do ecossistema. “Estamos muito felizes com a realização dessa conferência, um momento em que podemos discutir as estratégias que queremos e fazer uma construção conjunta. Acredito que temos que trabalhar para ter mais constância nos encontros produtivos com a quádrupla hélice – governo, academia, sociedade civil e empresas – para avançarmos em políticas públicas eficientes para a sociedade”, afirmou.
A secretária de Políticas e Programas Estratégicos do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marcia Barbosa, apresentou um panorama do trabalho que vem sendo realizado pelo MCTI e celebrou o retorno da Conferência Nacional de CT&I, após 14 anos. A 5CNCTI conta com a organização do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE).
Grupos de trabalho
O eixo 1 debateu a recuperação, expansão e consolidação do Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Os atores consideraram a infraestrutura de pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos qualificados, tecnologias portadoras de futuro e arcabouço legal como temas prioritários.
Já os integrantes do eixo 2 abordaram a reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas. Os investimentos empresariais em inovação, a colaboração entre institutos de ciência e tecnologia (ICTs) e empresas, instrumentos e mecanismos de fomento à inovação e empresas inovadoras de base tecnológica foram elencados durante as discussões.
Ciência, tecnologia e inovação para programas e projetos estratégicos nacionais foi o tema do eixo 3. Os setores e cadeias estratégicas da saúde, do agronegócio, da economia azul e as mudanças climáticas foram o foco do debate.
Por fim, o eixo 4 abordou a ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento social. Os integrantes do grupo debateram a difusão da ciência, formulação, execução, monitoramento e avaliação de políticas públicas, tecnologias sociais e assistivas e segurança alimentar.
Para a diretora de Gestão da Inovação da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia (Sict), Paola Schaeffer, a conferência foi um sucesso. “Tudo o que realizamos aqui reforça o que a secretária Simone falou: precisamos de mais encontros para avançar de forma conjunta”, comentou.
5CNCTI
A 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação é o mais importante e democrático evento voltado ao debate das políticas públicas do setor. Realizado pelo MCTI, o encontro acontecerá de 4 a 6 de junho, em Brasília (DF), com o tema “Ciência, Tecnologia e Inovação para um Brasil Justo, Sustentável e Desenvolvido”.
O evento conta com a organização do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos (CGEE), organização social supervisionada pelo MCTI, e articulação de mais de 40 instituições e oito ministérios.
A CNCTI tem caráter consultivo e volta a ser organizada depois de um hiato de 14 anos. Seu objetivo é discutir junto à sociedade as necessidades na área de CT&I e propor recomendações para a elaboração de uma nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) que deverá ser seguida pelos próximos anos (2024-2030). A nova estratégia substituirá a de 2016-2023, que durante o evento, também terá seus programas, planos e resultados analisados.
Com informações da Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul
Colaboração de Jéssica Moraes e João Felipe Brum/Ascom Sict