Realizada nos dias 21 e 22 de março, a Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás reuniu diversos representantes do ecossistema de CT&I como instituições de ensino e pesquisa, sociedade civil, setor empresarial, academia, entidades de classe, associações e do próprio governo do Estado. Mais de 500 inscritos participaram de forma presencial ou remotamente do encontro.
Durante a sessão de abertura, membros da mesa destacaram a importância crucial da conferência como um fórum para promover um debate democrático com a sociedade sobre a relevância da ciência, tecnologia e inovação para o desenvolvimento não apenas do Brasil, mas também de Goiás. A etapa faz parte das discussões regionais que antecedem a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.
Para Jesiel Carvalho, professor da Universidade Federal de Goiás (UFG), o desenvolvimento sustentável é inalcançável sem investimentos significativos em ciência e tecnologia. Na sua fala, ele ressaltou a importância de se garantir um projeto de desenvolvimento que una perspectivas científicas e sustentáveis para o futuro.
José Frederico Lyra Netto, da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás (SECTI-GO), saudou o MCTI e o Conselho Nacional de Ciência e Tecnologia (CCT), destacando uma recente reunião, em 7 de março de 2024, onde o presidente Lula confiou ao CCT a elaboração do Plano Brasileiro de Inteligência Artificial a ser lançado em junho, na plenária final da V CNCTI, e que será apresentado por ele à ONU no mês de setembro deste ano.
“É vital o papel dos conselheiros do CCT e das Conferências na moldagem do futuro da CT&I no país através das sugestões que todos têm oportunidade de oferecer à nova Estratégia Nacional de CTI que vigorará por 10 anos e está sendo debatida neste processo da V CNCTI”, destacou Frederico Lyra Netto.
Representante do MCTI, Denise Carvalho anunciou que a Conferência Regional do Centro-Oeste será em Goiânia no fim do mês de abril e contará com a presença da ministra Luciana Santos. “A conferência ocorrerá 14 anos após a última e foi convocada pelo presidente Lula na reunião de instalação do Conselho ocorrida em 12 de julho de 2023, estabelecendo o eixo geral que orienta os debates nas mais de 100 Conferências que ocorrem por todo o país”, afirmou.
De acordo com Carvalho, Goiás pode contribuir muito para a construção de um projeto de desenvolvimento socialmente justo e ambientalmente amigável, que favoreça a nova industrialização com base em CTI, a descarbonização da economia, a transição e eficiência energética e se fundamente na preservação e estudo de nossa biodiversidade, especialmente a do Cerrado. Além disso, o Estado é essencial nos debates para a superação das assimetrias regionais em CT&I.
A conferência contou com duas palestras de abertura: uma ministrada por Telma Soares, professora da CEIA/UFG, que apresentou a história desta unidade EMBRAPII em Goiás, seu reconhecimento como uma entidade de excelência e seu trabalho no desenvolvimento de tecnologias relacionadas à inteligência artificial. Na segunda palestra, a presidente da Capes, Denise Pires de Carvalho, abordou o desenvolvimento sustentável, a ampliação de orçamentos e recursos, expôs os indicadores de desenvolvimento e a esperança na recuperação de investimentos em CTI e P&D fundamentais para o Brasil.
Fizeram parte da mesa de abertura Antônio Cruvinel Borges Neto, reitor da UEG; Denise Aparecida Carvalho, chefe da Assessoria do Conselho Nacional de Tecnologia do MCTI; Jesiel Carvalho, vice-Reitor da UFG; José Frederico Lyra Netto, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de Goiás; Marco César Chaul, vice-Presidente da Fecomércio e vice-coordenador do Pacto Goiás pela Inovação; Marcos Fernando Arriel, presidente da Fapeg e Pryscilla Valverde de Oliveira Vitorino, pró-reitora de Pós-Graduação e Pesquisa da PUC-Goiás.
Os membros da mesa também elogiaram o processo da Conferência, promovido pela união governo-sociedade, por democratizar a elaboração da Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI), reconhecendo-a como um passo crucial para envolver a sociedade na formulação de políticas de CT&I.
Por Bel Neta , com informações da Secti Goiás