Pesquisas mostram que uma solicitação ao ChatGPT consome cerca de 10 vezes mais energia do que uma pesquisa padrão no Google. Para colocar em perspectiva, o Google processa cerca de 356 milhões de buscas por hora. Se a IA Overviews fosse usada globalmente para todas essas buscas, o consumo de eletricidade aumentaria de 106,8 MWh para 1 068 MWh – energia suficiente para carregar sete carros elétricos de 40 kWh a cada segundo.
Esse consumo elevado está relacionado à complexidade do processamento que ocorre em modelos de IA, como o ChatGPT. Diferente de uma pesquisa comum no Google, que apenas busca informações de um banco de dados, o ChatGPT aprendeu como escrever textos depois de ler milhões e bilhões de textos, e para que ele possa responder às perguntas, ele precisa processar o seu texto, e então “pensar” na resposta, e isso acaba sendo mais custoso em termos de energia.
Em um estudo de caso, uma grande torre de escritórios em Nova York implementou um sistema de IA para monitorar o comportamento de ocupação e ajustar automaticamente a temperatura e ventilação em tempo real. Isso resultou em uma redução no consumo de energia, que se aplicado a todos os prédios comerciais em Nova York, resultaria em uma economia de aproximadamente 5000 MWh por ano. Isso é equivalente a evitar a emissão de cerca de 3500 toneladas de CO2 anualmente — o que seria comparável a retirar 750 carros de circulação por um ano.
Uma pesquisa publicada na prestigiosa revista Nature, mostra que a IA pode contribuir para um futuro mais verde. Com foco em prédios comerciais, a IA pode representar uma redução de até 19% de consumo de energia elétrica para 2050, e até 40% se utilizadas em conjunto com políticas de redução no consumo de energia elétrica. Não apenas isso, mas a pesquisa também analisou o impacto da IA sobre as emissões de CO2, e previram uma redução de 40% da emissão de CO2 para 2050 com uma redução de até 95% se utilizadas em conjunto com políticas de redução de emissão de CO2.
*Elton Sato é Engenheiro da Computação com Mestrado em Sistemas Inteligentes. É professor no Centro Universitário Internacional Uninter
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JULIA CRISTINA ALVES ESTEVAM
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