A projeção feita pelos bancos para a expansão do mercado de crédito livre para as famílias brasileiras apresenta melhorias em 2023.
A projeção é que o crédito destinado às pessoas físicas deve ficar em 9,8% ao final do ano, ante os 9,3% estimados na última pesquisa de junho.
A expansão de crédito é impulsionada pela resiliência do mercado de trabalho e medidas de estímulo ao consumo.
O resultado previsto para as famílias melhorou a expectativa para o desempenho do crédito livre, que passou de 6,1% para 6,3%. Por outro lado, a projeção para o crédito livre para as empresas apresentou queda de 2,4% para 1,7%, em um reflexo dos números fracos observados até o momento no segmento, impactado pelo aumento da percepção de risco e juros elevados.
Este levantamento é realizado a cada 45 dias, logo após a divulgação da Ata da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) e mostra a estimativa dos bancos para vários aspectos da economia no ano. A edição foi feita com entrevistas com 19 bancos.
Segundo especialistas da Federação Brasileira de Bancos, a FEBRABAN, a expansão esperada de crédito para algumas carteiras pode ser beneficiada pelo novo Plano Safra, programas públicos de crédito e alguma retomada das operações do BNDES.
Além disso, há um cenário com juros menores e recuo da inadimplência no próximo ano, o que favorece a expansão de crédito.
Quanto à inadimplência da carteira livre de pessoas físicas, a maioria dos bancos espera alguma estabilidade do indicador até o fim do ano. Apenas 6,3% dos bancos consultados esperam que a inadimplência siga em alta, enquanto na pesquisa anterior 47% esperavam que o indicador continuasse subindo.
As informações são da Federação Brasileira de Bancos, a FEBRABAN.