A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, e a embaixadora da Espanha no Brasil, Mar Fernández-Palacios Carmona, assinaram, nesta quarta-feira (6), um memorando de entendimento para cooperação entre os dois países em ciência, tecnologia e inovação. A parceria bilateral foi firmada durante cerimônia de recepção do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao presidente de governo da Espanha, Pedro Sánchez, no Palácio do Planalto.
O memorando de entendimento entre o MCTI e o Ministério da Ciência e Inovação da Espanha busca fortalecer a cooperação científica e tecnológica em áreas como transição energética, meio ambiente e mudanças climáticas, pesquisa em saúde, transformação digital, Tecnologias da Informação e da Comunicação (TICs) e indústria 4.0. A cooperação será coordenada por um Grupo de Trabalho Bilateral e terá duração inicial de quatro anos, podendo ser prorrogada.
A ministra Luciana Santos disse que a Espanha é um dos parceiros prioritários do Brasil em cooperações internacional e que o país é convidado do governo brasileiro para o G20. “Esse memorando será um marco no relacionamento entre os dois ministérios de ciência. Vamos fortalecer e ampliar a cooperação científica para obter resultados concretos em diferentes setores”, afirmou.
O presidente Lula destacou que a área de energias renováveis, um dos focos do acordo entre os ministérios, possibilita uma forte cooperação entre os dois países. “O potencial do Brasil é ilimitado para a geração de eletricidade a partir de fontes limpas como biocombustível, energia eólica, solar e hidrogênio verde”, disse.
A cooperação em CT&I prevê que os dois países buscarão apoiar as universidades, institutos de pesquisa e empresas na realização de projetos conjuntos de pesquisa e desenvolvimento (P&D), tecnologia e inovação nos temas estabelecidos no memorando. Esse apoio poderá ser realizado principalmente por meio de chamadas públicas conjuntas, que envolverão avaliações para a priorização e seleção de projetos.
Entre as ações previstas estão: intercâmbio de pesquisadores e pessoal técnico; estágios de formação e a participação em cursos ou seminários de treinamento, especialização e capacitação; utilização comum das infraestruturas de pesquisa e o fornecimento de serviços especializados; troca de experiências e intercâmbio de informações sobre políticas públicas para pesquisa, desenvolvimento tecnológico e incentivo à inovação.