São Paulo, Brasil – Com layout e aplicações semelhantes às encontradas nos dispositivos existentes da marca, o Apple Vision Pro se apresenta como uma interface de realidade mista que permite ao usuário interagir com o mundo real e virtual sem a necessidade de nenhum acessório além do movimento de suas mãos. O dispositivo se concentra na imersão no ambiente virtual e isso pode trazer vários riscos.
Quais são os riscos que o Apple Vision Pro pode trazer?
Os pontos mais suscetíveis a ataques maliciosos e falhas de sistema, segundo a ESET, empresa líder em detecção proativa de ameaças, são:
Sistema operacional: apesar de sua estrutura principal ser baseada no software existente da Apple, o dispositivo terá um sistema operacional completamente novo. Por estar feito para diferentes tipos de interações com o ambiente, pode apresentar anomalias de comportamento que o levem a mudar essas capacidades de interação. Entre as possíveis anomalias, temos as seguintes hipóteses:
Abertura excessiva de janelas: isso definitivamente tornaria a experiência do usuário bastante desagradável e poderia resultar em ocultamento da visão do ambiente.
Sobrecarga: se uma ou mais aplicações presentes no sistema operacional causarem uma sobrecarga do sistema, isso pode resultar no congelamento da interface e, consequentemente, de tudo o que o usuário vê, desligando ou reiniciando o dispositivo, e superaquecimento. Apesar de o superaquecimento parecer um efeito menor, ao estar em contato com o rosto, definitivamente não é adequado.
Mudança nos sensores e câmeras: uma das características do Apple Vision Pro é que ele possui duas telas, que permitem reproduzir imagens e vídeos em alta resolução, mas também significa que o usuário não vê diretamente o mundo ao seu redor; tudo passa através das câmeras e sensores. Se os sensores de proximidade ou aceleração tiverem uma mudança de comportamento, podem representar um risco para a integridade física do usuário, além de causar que todas as outras aplicações também se comportem de forma anômala, levando à perda ou inacessibilidade de janelas.
Vulnerabilidades: seja por características provenientes do sistema operacional ou por algum eventual descuido na composição das aplicações que serão instaladas no Apple Vision, é possível que cibercriminosos explorem vulnerabilidades nos equipamentos.
A exploração de vulnerabilidades é utilizada por criminosos para espalhar ameaças como trojans e ransomware. No caso do ransomware, o dispositivo é bloqueado e as vítimas têm duas opções: contatar a Apple para ajudar ou pagar o resgate, o que financia os criminosos. No caso de um trojan, os criminosos podem acessar as câmeras e sensores do dispositivo, monitorando tudo o que a vítima vê, violando sua privacidade.
Privacidade: em geral, ao nos preocuparmos com a privacidade, o foco está em não deixar dados pessoais expostos, e com o Vision, essa preocupação pode se estender um pouco mais. O dispositivo possui várias câmeras e sensores que mapeiam o ambiente e as pessoas próximas, isso por si só traz pontos adicionais de atenção devido à dinâmica:
Falta de consentimento: o produto constantemente mapeia e filma o ambiente ao redor sem o consentimento das pessoas. Isso levanta questões sobre a privacidade e a conformidade com as leis de proteção de dados, especialmente quando utilizado em espaços públicos onde não é possível expressar o consentimento para tal mapeamento ou reconhecimento.
Exposição involuntária de conteúdo sensível: ocorre quando o dispositivo captura informações delicadas, como símbolos religiosos, preferências sexuais, afiliação política, estado de saúde e momentos íntimos de usuários e pessoas próximas. Quando usado em locais públicos, isso expõe as pessoas à análise de suas imagens e detalhes pessoais. Além disso, o mapeamento tridimensional do ambiente e das pessoas ao redor pode correlacionar informações sobre sua localização e atividades.
“Apple certamente toma medidas para mitigar os riscos potenciais, mas, como sabemos, nada é 100% seguro e o acesso à informação através de um dispositivo como Vision certamente trará muitos debates sobre como tudo deve acontecer para criar mais proteções. Dependerá de todos os usuários da tecnologia permanecerem alertas para que haja menos chances de que isso aconteça”, conclui Daniel Cunha Barbosa, Pesquisador de Segurança Cibernética da ESET América Latina.
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