Na última quarta-feira (26), a Imagem Geosistemas, empresa que representa a Esri no Brasil, realizou o GovSummit 2024, evento que destacou a importância das geotecnologias na gestão pública e sustentabilidade. O encontro foi iniciado por Letícia Mose, especialista de Geotecnologias e Soluções ArcGIS para Cidades e Governos, que introduziu um vídeo institucional sobre as possibilidades do uso de geotecnologias para “Criar o mundo que você quer ver”, resumindo a missão da companhia.
Para dar sequência ao início do evento quem assumiu o palco foi o diretor de Setor Público da Imagem, Guilherme Viana.
Ele destacou a atuação da Imagem Geosistemas em diversas esferas públicas, mencionando as parcerias com prefeituras, como Rio de Janeiro, Curitiba, Suzano, Recife e Londrina, além dos Governos dos Estados do Paraná e São Paulo. Ele ressaltou como as geotecnologias estão integradas nas esferas municipais, governamentais e federais, conforme apresentado na Esri User Conference 2024.
Mesa Redonda: Inovações tecnológicas em Governos para os desafios de adaptação climática
A mesa redonda contou com a participação de Marlos Batista (Diretor de Sustentabilidade da Imagem), Thomaz Toledo (Presidente da CETESB) e Pedro Ivo Camarinha (Especialista em Geodinâmica e Geologia de Desastres do CEMADEN – MCTI).
Thomáz Toledo abriu declarando estar honrado em estar logo na abertura do evento, ainda mais sobre um assunto tão importante. “Passamos por situações climáticas extremas, como estiagens e enchentes, em um país de grandes proporções. É necessário focar em sistemas climáticos e adaptações,” afirmou.
Já Pedro Ivo Camarinha, na sua vez, salientou a importância do monitoramento e da adaptação às mudanças climáticas. “Trabalhamos muito na interface de prevenção e ações de adaptação. Embora não atendamos ao mercado, respondemos à sociedade,” disse ele. Camarinha explicou como a tecnologia de geotecnologia permite prever desastres naturais com base em dados históricos, otimizando o tempo e a segurança na tomada de decisões”.
Finalizando a mesa redonda, Victor Zanetti, especialista da Imagem Geosistemas, destacou a prontidão da ferramenta ArcGIS em capacitar governos e empresas privadas na prevenção de dados ambientais e na sustentabilidade. “A ferramenta não só coleta dados como também facilita a análise e a tomada de decisões com base em dados precisos e assertivos”, conclui.
CASO CETESB – Na sequência, Liv Nakashima Costa – diretora de Gestão Corporativa e de Sustentabilidade da CETESB, apresentou como o ArcGIS auxilia a CETESB em diversas áreas, na melhora a segurança, privacidade e conformidade dos dados, otimizando processos internos e reduzindo riscos. “Georreferenciamos todas as emergências atendidas pela CETESB, fornecendo atributos e dados estatísticos, além de realizar análises espaciais e temporais dos locais com maior incidência” destacou ela.
Novo Mapa de Qualidade das Praias, em desenvolvimento, é possível localizar georreferencialmente as praias monitoradas, indicando as condições de balneabilidade. Além disso tudo, Liv contou outras situações em que o ArcGis está sendo utilizado pela instituição.
Liv concluiu destacando os desafios futuros: “estamos implantando a Política de Governança de Dados, centralizando aplicações e dados no ArcGIS Hub, disseminando a importância da espacialização dos dados e capacitando internamente para otimizar o uso das ferramentas.”
CASE BOMBEIROS – No painel intitulado “Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo: Gerenciamento e Coordenação em Emergências e Desastres”, o Capitão João Rafael Mininel, oficial de planificação da Equipe USAR CBPMESP e chefe da Seção de Inovação do Comando do Corpo de Bombeiros, destacou a importância das estratégias adotadas pela corporação. Durante sua apresentação, ele discutiu a implementação de sistemas avançados de gestão e coordenação, enfatizando a eficiência operacional alcançada em situações críticas. Segundo o Capitão, essas abordagens são fundamentais para direcionar equipes de forma precisa e eficaz, garantindo um atendimento ágil e organizado em cenários de emergência.
“Essa sistemática de coordenação e gestão é crucial para direcionar nossas equipes eficientemente durante missões de emergência e desastres. Baseados nisso, implementamos o sistema de gerenciamento e coordenação utilizando metodologias avançadas como o Instagram e soluções como o sistema de gerenciamento em tempo real. Ao estruturar nossas equipes de busca urbana, nós apoiamos em cinco componentes essenciais: gestão, busca, resgate, atendimento pré-hospitalar e logística”, explicou ele.
CASE JOÃO PESSOA – O próximo painel apresentado foi “João Pessoa: o sol nasce aqui”, com participação do Vice-Prefeito Leo Bezerra, do Secretário de Infraestrutura Rubens Falcão e conduzido pelo Secretário Executivo de Infraestrutura, Luciano da Nóbrega Pereira. Durante a apresentação, Pereira discutiu o crescimento sustentável e os desafios enfrentados pela Prefeitura de Recife devido ao aumento populacional de 265% em cinco décadas. Com uma população de 833.932 pessoas, Recife experimentou o maior crescimento entre as 20 maiores cidades do Brasil nos últimos 12 anos, impulsionado por fatores como qualidade de vida e segurança.
Ele detalhou os desafios do Programa de Pavimentação de Vias, que enfrenta a necessidade de regenerar 2.276 ruas com um sistema desatualizado. A seleção das ruas a serem pavimentadas agora é feita com a ajuda de tecnologias avançadas, substituindo métodos manuais por uma abordagem mais eficiente com o ArcGIS. A atualização do sistema Filipéia é uma prioridade a médio prazo.
Luciano também contou sobre o programa ‘Minha Rua, Minha Calçada’. “Essa nova tecnologia permite aos cidadãos consultarem o status das pavimentações através de um mapa interativo. Este sistema de geoprocessamento facilita a gestão de projetos e a transparência, ajudando a Prefeitura a entregar mais de 100 ruas em um único dia e registrar avanços em tempo real”, explicou ele.
CASO MG – Para fechar a manhã, foi a vez da prefeitura de Lagoa Santa em Minas Gerais contar como estava sendo o uso de geotecnologia no município. O painel foi apresentado pelo vice-prefeito, Breno Salomão Gomes. Gomes compartilhou o sucesso da implementação do ArcGIS Enterprise, que começou em abril de 2023. Desde então, a tecnologia trouxe avanços significativos na gestão territorial e no engajamento da comunidade. A transição para o ArcGIS foi facilitada por uma visão inovadora desde 2008, que incluiu a aquisição do ArcMap e a atualização das bases de dados.
Com destaque para as aplicações desenvolvidas, como o portal de obras transparentes, mapas de equipamentos públicos e projetos de mobilidade urbana, que agora estão acessíveis à população. “Essas ferramentas melhoraram a transparência e a eficiência dos serviços, permitindo que os cidadãos consultem informações sobre pavimentação, pontos de Wi-Fi e outros serviços públicos”, salientou.
O vice-prefeito de Lagoa Santa (MG) também mencionou que o sistema facilitou a gestão de dados, o recadastramento do IPTU e a coordenação de atividades de saúde e educação. A Prefeitura planeja continuar a aprimorar a gestão territorial, centralizar dados e integrar sistemas para um planejamento mais eficaz.
PARTE DA TARDE
Após o almoço, quem apresentou o case “Censo da População de Rua: Prefeitura de São José do Rio Preto” foi a Secretaria de Assistência Social, representada por Vanessa Gimenez, Vanessa Gimenez, Coordenadora do Departamento de Vigilância Socioassistencial. Ela explicou que o censo realizado entre 11 e 15 de março, em parceria com universidades e com a capacitação de 147 profissionais. O censo teve como objetivo mapear a população em situação de rua e envolveu a aplicação de um questionário com 24 questões em todos os serviços de atendimento da pessoa em situação de rua.
De acordo com o relatório quadrimestral, entre setembro e dezembro de 2023, foram atendidas 2.544 pessoas, das quais 784 foram categorizadas como em situação de rua e 861 como flutuantes. A abordagem social envolveu a participação de diversas unidades, incluindo o Centro POP e serviços de acolhimento.
Vanessa destacou que o dashboard, ainda em fase de finalização, permitirá uma visualização detalhada dos dados, facilitando a análise e a resposta às necessidades da população. “A ferramenta promete melhorar a transparência e a eficiência dos serviços, ao mapear as necessidades e fornecer informações úteis para aprimorar o atendimento”, enfatizou.
Em seguida, a Coordenadora Geral de Desenvolvimento da Infraestrutura, Christiane Maranhão apresentou o case Projeto Monitor de Investimentos, uma plataforma digital que visa integrar dados federais e regionais para estimular investimentos em infraestrutura e promover um desenvolvimento econômico sustentável. A plataforma, em parceria com o BID e financiada pelo governo britânico, busca garantir transparência sobre projetos de infraestrutura, alinhar iniciativas nacionais e regionais, e reduzir gargalos logísticos.
“A modernização incluirá dados geoespaciais para melhorar o planejamento e a resiliência, ajudando a decidir onde investir com base em informações sobre alagamentos e secas”, frisou.
CASE IBGE – A tarde continuou com Maria do Carmo Dias Bueno, Coordenadora-Geral Adjunta do Centro de Documentação e Disseminação de Informações do IBGE. Ela conduziu o painel Aplicações e Mapas ArcGIS nas Pesquisas do IBGE. A apresentação abordou a importância da integração entre geografia e estatística, destacando as campanhas para sensibilização do público e a diversificação na divulgação dos produtos e serviços do IBGE.
“A disseminação dos dados evoluiu com o aumento das possibilidades digitais, passando de métodos tradicionais, como tabelas e gráficos, para inovações como vídeos, jogos, storymaps e mapas interativos”, explicou Maria.
A coordenadora enfatizou o desafio de manter informações confiáveis, acessíveis e atualizadas, e discutiu o futuro da instituição, que inclui a criação de novas aplicações espaciais, a atualização da Grade Estatística do Censo Demográfico e o desenvolvimento de StoryMaps com dados históricos de população.
PAINEL ESRI – No Painel Soluções Inovadoras para Governo: O Próximo Nível no Uso da Tecnologia, Pedro Coura e Gustavo da Silveira, da Esri, abordou como tecnologias como GIS, Big Data e IoT podem transformar a gestão pública. Ele destacou como essas ferramentas ajudam governos a tomar decisões mais informadas e a criar cidades mais inteligentes e eficientes. Um exemplo prático é o uso de modelos digitais em Boston, substituindo maquetes físicas para um planejamento urbano mais ágil e preciso.
Coura enfatizou que essas inovações não só melhoram a eficiência administrativa, mas também promovem a sustentabilidade e o engajamento comunitário.
CASE CONTAGEM – Nádia Daian, Superintendente de Geoprocessamento da Prefeitura de Contagem, apresentou o painel Aplicações ArcGIS para Serviços Municipais, destacando como a tecnologia contribui para a preservação ambiental e o desenvolvimento sustentável da cidade.
O painel abordou os principais pilares das aplicações ArcGIS, que visam: 1) fornecer aos cidadãos informações que facilitem a cobrança pela preservação ambiental e a participação em conselhos e órgãos de fiscalização; 2) oferecer aos empreendedores conhecimento sobre os elementos ambientais dos terrenos, orientando investimentos e prevenindo custos com a preservação; 3) disponibilizar aos servidores públicos dados essenciais para fiscalização e vistorias.
As aplicações permitem, com um clique, acessar informações sobre áreas de preservação, nascentes, presença de vegetação e outros aspectos ambientais relevantes. “O objetivo macro é alinhar o município com os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável, especialmente o ODS 11, promovendo cidades inclusivas, seguras, resilientes e sustentáveis”, disse Nádia.
CASE NITERÓI – No painel conduzido por Josy Pinho, Coordenadora Técnica, a Prefeitura de Niterói apresentou a “Sala de Situação da Saúde” (SDS), um espaço físico e virtual dedicado à sistematização, análise e divulgação das informações de saúde. “O objetivo principal da SDS é fornecer evidências sobre as condições de saúde no território e auxiliar na tomada de decisões da gestão pública. A sala não produz dados, mas se foca na análise e na publicação deles”, explicou Nádia.
O painel destacou o uso de ferramentas e plataformas, como o ArcGIS Enterprise, para desenvolver aplicações como o “Aclipem Saúde,” que ajuda a localizar unidades de referência a partir de endereços. Outras iniciativas incluem a criação de um site funcional, um repositório de documentos técnicos e a utilização de Power BI para integração de dados e relatórios. O trabalho busca otimizar a análise espacial de dados de saúde e inovar na gestão da informação para melhorar a resposta e os serviços de saúde.
FIM DAS APRESENTAÇÕES – Luiz Filho, Diretor de Inovação, encerrou a maratona de apresentações com uma visão sobre como o Governo pode avançar para um modelo 4.0 por meio de tecnologias disruptivas. Em sua apresentação, intitulada “Desvendando o Potencial do GIS: Uma Jornada rumo à Transformação Espacial Impulsionada por Tecnologias Disruptivas,” ele explorou o uso de GIS, Inteligência Artificial e Hiperautomação para transformar a gestão pública.
Filho destacou que a automação é uma parte natural do desenvolvimento humano, citando exemplos de automação em setores como energia elétrica. Ele enfatizou que a hiperautomação pode potencializar processos diários, facilitando o trabalho e melhorando resultados.
“O processo descrito inclui a automação do cadastro, onde robôs leem e extraem informações dos documentos enviados pelos usuários, georreferenciam esses dados e os publicam em mapas e aplicações ArcGIS. Além disso, a tecnologia envia notificações aos usuários por diversos canais, como e-mail, WhatsApp e telegrama. A proposta visa otimizar a gestão pública, tornando-a mais eficiente e responsiva através da integração de tecnologias avançadas”, contou Filho.
O Gov Summit 2024 da Imagem Geosistemas foi um sucesso em promover a integração das geotecnologias na gestão pública e sustentabilidade. Através de painéis informativos e apresentações inspiradoras, o evento destacou o impacto positivo das soluções tecnológicas no planejamento urbano, gestão de recursos e adaptação às mudanças climáticas.
Mais informações sobre a Imagem Geosistemas (www.img.com.br): empresa brasileira líder em Soluções de Inteligência Geográfica, fundada em 1986, é a distribuidora oficial e exclusiva do ArcGIS, plataforma desenvolvida pela gigante norte-americana Esri. Apoia empresas e governos na transformação de dados em conhecimento através de tecnologias que solucionam problemas de negócios. A Imagem Geosistemas conta com uma equipe formada por 300 profissionais, sediada em São José dos Campos/SP e possui escritórios comerciais em São Paulo, Ribeirão Preto, Rio de Janeiro e Brasília.
IMPRENSA | Imagem Geosistemas
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