Em 2024, o mercado de tecnologia passou por uma das transformações mais significativas da história recente, impulsionada pelos avanços em inteligência artificial, computação em nuvem e análise de dados. Empresas de todos os portes estão redesenhando as suas estratégias para se adaptarem a este cenário dinâmico.
Especialistas da Progress apontam as tendências que irão liderar o caminho para este ano. Estas previsões destacam um futuro no qual a IA não só transformará a forma como as empresas operam, mas também como interagem com seus clientes e gerenciam seus processos internos.
Uma das áreas em que assistimos a avanços significativos é a integração da inteligência artificial com as capacidades humanas. A próxima geração de IA, que chamamos de IA Agêntica, será mais do que apenas uma ferramenta de suporte. Ele será projetada para assumir o gerenciamento de fluxos de trabalho complexos e tarefas de alto nível, e atuar como um colaborador inteligente dentro de equipes humanas.
Com esta colaboração, as empresas poderão tomar decisões mais informadas, com agilidade e maior precisão. De acordo com a Deloitte, em 2024, 25% das empresas que utilizam IA generativa irão lançar pilotos de IA Agêntica, espera-se que essa percentagem aumente para 50% até 2027.
Não obstante, esse avanço não se limita apenas à melhoria dos processos operacionais. No domínio da regulação e conformidade (RegTech), a IA generativa desempenha um papel fundamental. Num mundo empresarial cada vez mais marcado pela necessidade de transparência e responsabilidade, as ferramentas de inteligência artificial serão capazes de detectar vieses, gerar relatórios e garantir que as empresas mantenham elevados padrões éticos.
Outro aspecto fundamental da transformação digital que estamos vendo é a hiperpersonalização. A capacidade de analisar dados em tempo real, combinada com o poder da IA, oferecerá às empresas formas de interagir com os consumidores de forma totalmente personalizada. Não se trata apenas de recomendar produtos, mas de compreender profundamente o comportamento do cliente, por meio do qual as marcas poderão criar experiências únicas e autênticas.
Essa hiperpersonalização será possível graças à edge computing (tecnologia que processa dados diretamente no local onde eles são gerados), facilitando decisões instantâneas e proporcionando interações em tempo real. Assim, espera-se que o mercado global de edge computing cresça de US$ 3,6 bilhões dólares em 2020 para US$ 15,7 bilhões de dólares em 2025, de acordo com dados da MarketsandMarkets1.
Todas essas oportunidades também trazem desafios, como segurança e governança de dados. À medida que a adoção da IA se expande em todos os setores, as empresas terão de garantir que as suas políticas de dados são transparentes e seguras para proteger a privacidade dos usuarios. Isto requer uma gestão robusta de dados que garanta que a IA seja utilizada de forma ética.
Nesse sentido, o desenvolvimento de soluções nativas em nuvem é outra tendência-chave para o próximo ano. Em 2024, o tamanho do mercado de armazenamento nativo da nuvem ultrapassou US$ 19,8 bilhões em 2024 e deverá crescer a uma CAGR (Taxa Composta de Crescimento Anual) de mais de 24,3% entre 2025 e 2034, segundo dados da Global Market Insights.
Em síntese, num mundo cada vez mais digital, a diversidade, equidade e inclusão (DEI) continua a ser uma prioridade na estratégia de transformação digital. Um ambiente inclusivo que não só promove uma cultura de trabalho mais humana, mas também utiliza a IA para reduzir vieses inconscientes e melhorar as práticas empresariais em termos de inclusão. A inteligência artificial pode desempenhar um papel crucial na criação de um futuro mais equitativo.
Para enfrentar os desafios que o desenvolvimento da tecnologia trará, é fundamental construir um diálogo entre empresas e usuários. Desta forma, podem ser estabelecidos limites claros e geradas oportunidades para que a IA seja uma força transformadora, acessível e ética. Contudo, estarão as empresas dispostas a avançar com a tecnologia e, ao mesmo tempo, a construir relações de escuta e confiança com os seus clientes e colaboradores? Aqueles que encontrarem um equilíbrio entre esses dois fatores serão capazes de navegar com sucesso nesta nova revolução tecnológica.
*Francisco Larez é vice-presidente de Progress para América Latina e Caribe.
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ANA PAULA SARTORI
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