A inteligência artificial (IA) está se consolidando como uma força transformadora no mercado de trabalho global. No Brasil, uma parcela significativa dos empregos serão potencialmente influenciadas por essa tecnologia e, conforme estimativas da OIT, 37% do trabalho em território nacional podem ser afetados pela IA, o que equivale a cerca de 37 milhões de brasileiros. Esse é um dos percentuais mais elevados na região, mas abaixo da média global, de 43%.
O ACE Summit 2024, evento que aconteceu recentemente em São Paulo e reuniu empreendedores, investidores e profissionais da inovação corporativa, trouxe para o centro da discussão em um dos seus painéis ‘O raio-x das corporações do futuro impulsionadas por IA’. Para apresentar o tema, Fábio Duran, CEO da 8D Hubify agência de RevOps especializada em otimizar a jornada do cliente de ponta a ponta para gerar mais receita, Pedro Carneiro, Sócio na ACE Ventures e Walter Hildebrandi, CTO da Zendesk para América Latina, conversaram sobre o futuro e apontaram soluções para potencializar a disrupção dos negócios. Confira os principais destaques:
A IA como um processo evolutivo
A inteligência artificial (IA) está revolucionando a forma como as empresas operam. Embora o potencial da IA seja imenso, sua adoção ainda enfrenta desafios significativos. Muitas organizações se questionam sobre como implementar essa tecnologia de forma eficaz e quais serão os impactos na força de trabalho.
A introdução da IA nas empresas não é um processo abrupto, mas sim gradual e contínuo. Assim como o elevador, que parecia um objetivo perigoso quando foi criado e precisou de um ser humano operando para parecer mais seguro (só por isso os elevadores tinham acessoristas), a IA também está percorrendo um caminho similar. A desconfiança inicial em relação à capacidade da IA de tomar decisões e executar tarefas complexas é natural. No entanto, à medida que a tecnologia se desenvolve e as empresas se adaptam, essa desconfiança tende a diminuir.
O papel das pessoas na era da IA
A dificuldade na adoção da IA não reside na tecnologia em si, mas sim nas pessoas. A tomada de decisão sobre a implementação da IA e a confiança nos resultados gerados pelos algoritmos são os principais obstáculos. É fundamental que as empresas invistam na capacitação dos seus colaboradores para que possam compreender os benefícios da IA e trabalhar em conjunto com a tecnologia.
Em relação ao futuro do trabalho e as novas habilidades, a automação de tarefas repetitivas e a análise de dados por meio da IA levará a mudanças significativas no mercado de trabalho. Profissionais que dominam habilidades como programação, estatística e processos serão cada vez mais demandados. No entanto, as habilidades humanas, como a empatia e a capacidade de comunicação, continuarão sendo essenciais, pois são justamente essas características que diferenciam os seres humanos das máquinas.
Os desafios da implementação da IA
Empresas de pequeno porte, que buscam aumentar sua eficiência sem comprometer seus recursos, podem encontrar dificuldades na adoção da IA. A complexidade da tecnologia e a necessidade de uma infraestrutura adequada são alguns dos desafios. Além disso, a resistência à mudança e a preocupação com a perda de empregos podem dificultar a implementação da IA nessas empresas.
A inteligência artificial está transformando o mundo dos negócios e as empresas que não se adaptarem a essa nova realidade ficarão para trás. No entanto, é importante ressaltar que a IA não precisa ser uma ameaça aos empregos, mas sim um convite para que as pessoas desenvolvam novas habilidades e se tornem mais competitivas no mercado de trabalho. O sucesso da implementação da IA está na capacidade das empresas de construir uma cultura de inovação e colaboração, em que as pessoas e a tecnologia trabalhem juntas para alcançar grandes resultados .
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RENATA SANTIAGO ROSA
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