O Ibovespa abriu esta quinta-feira (17) em queda de 0,50% e despenca aos 115 mil pontos, mesmo patamar registrado no início de junho de 2023. Atualmente, o índice é cotado a 115.591 pontos.
Com isto, o Ibovespa registra doze quedas consecutivas. Essa sequência de aberturas negativas não era observada no Brasil desde a década de 1980.
O “mau-humor” registrado pelo mercado financeiro nesta quinta se deve, principalmente, ao rebaixamento da classificação de risco dos Estados Unidos pela agência Fitch, além da divulgação da taxa de empregos no país norte-americano, abaixo do esperado.
Além disso, com a inflação nos Estados Unidos acima do esperado, o Banco Central daquele país subiu as taxas de juros, o que melhora a atratividade de investimentos no mercado norte-americano.
No mercado interno, havia a expectativa de que o corte na taxa de juros favoreceria a bolsa de valores brasileira. Porém, o movimento do mercado contrariou as expectativas.
É possível também que o mercado tenha antecipado o corte esperado de juros, o que explica a valorização do índice nos dias anteriores à reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Atualmente, o resultado financeiro negativo de algumas das principais empresas da bolsa de valores contribui para o mal desempenho do índice.
As principais baixas ocorrem pelas ações das empresas Natura (NTCO3), Hapvida (HAPV3) e Alpargatas (ALPA4), que caíram 8,90%; 5,80%; e 5,00%, respectivamente.
As altas ocorrem, sobretudo, por ações das empresas IRB Brasil (IRBR3), Magazini Luiza (MGLU3) e Via (VIIA3), que subiram 11,90%; 7,20%; e 5,90%, respectivamente.
As ações mais negociadas são da Petrobras (PETR4), Hapvida (HAPV3) e Vale (VALE3).
A Petrobras é uma das empresas de maior peso na bolsa de valores brasileira e suas ações tiveram alta após a elevação de preços dos combustíveis anunciada pela petroleira.
O total do volume negociado na B3 é de R$ 48 bilhões.
Os dados referentes à bolsa de valores brasileira podem ser consultados no site da B3.