O Ibovespa abriu esta sexta-feira (18) em queda de 0,53% e despenca aos 114 mil pontos, mesmo patamar registrado no início de junho de 2023. Atualmente, o índice é cotado a 114.982 pontos.
Com isto, o Ibovespa registra treze quedas consecutivas. Esta sequência de aberturas negativas não era observada no Brasil desde a década de 1980.
O “mau-humor” registrado pelo mercado financeiro nesta sexta se deve, principalmente, ao rebaixamento da classificação de risco dos Estados Unidos pela agência Fitch, além da divulgação da taxa de empregos no país norte-americano, abaixo do esperado.
Além disso, com a inflação nos Estados Unidos acima do esperado, o Banco Central daquele país subiu as taxas de juros, o que melhora a atratividade de investimentos no mercado norte-americano. Isso contribui para a saída de divisas do Brasil para investimento em ações e títulos da dívida estadunidense.
No mercado interno, havia a expectativa de que o corte na taxa de juros favoreceria a bolsa de valores brasileira. Porém, o movimento do mercado contrariou as expectativas.
É possível também que o mercado tenha antecipado o corte esperado de juros, o que explica a valorização do índice nos dias anteriores à reunião do Copom, o Comitê de Política Monetária do Banco Central.
Atualmente, o resultado financeiro negativo de algumas das principais empresas da bolsa de valores contribui para o mau desempenho do índice.
As principais baixas do índice ocorrem pelas ações das empresas Via (VIIA3), São Martinho (SMTO3) e Cyrela (CYRE3), que caíram 6,15%; 5,40%; e 4,25%, respectivamente.
As altas ocorrem sobretudo por ações das empresas Cielo (CIEL3), Eletrobras (ELET3) e Fleury (FLRY3), que subiram 2,70%; 2,15%; e 1,50%, respectivamente.
As ações mais negociadas são da Vale (VALE3), Petrobras (PETR4) e Itaú (ITUB4).
O total do volume negociado na B3 é de R$ 27 bilhões.
Os dados referentes à bolsa de valores brasileira podem ser consultados no site da B3.