Era 16 de dezembro de 1997, quando o 38º episódio da série Pokémon foi ao ar para alegria de 4 milhões de crianças japonesas que adoravam esse anime, os pais e a saúde pública se assustaram. No momento em que o personagem Pikachu emite uma descarga elétrica enorme sobre um computador, que explode, transformou-se em um dos casos mais emblemáticos de epilepsia fotossensível em massa. Levou 685 crianças para os hospitais com fortes dores de cabeça, enjoo, convulsões e ataques epilépticos.
Essa é uma das preocupações sobre acessibilidade de sites que não se prende às deficiências e limitações físicas, mas também às imagens em smartphones e computadores, podem ser um perigo enorme para quem sofre com esta enfermidade.
Os desenvolvedores precisam estar atentos com elementos visuais, como aponta Boby Vendramin, Diretor de Marketing e Mídia LATAM na Purple Lens:
“Quem sofre de epilepsia fotossensível e se depara com algumas animações pode desencadear convulsões, muitas vezes fatais. Os sites precisam permitir que os usuários desativem as animações para garantir uma experiência de navegação limpa, confortável e sem riscos”.
Animações também podem deixar sites mais lentos
Além da segurança para quem sofre deste mal das convulsões, Boby aponta outro detalhe: sites com muitas animações, com cores saturadas, podem ser um fator irritante para quem está navegando, além de deixá-los muito mais lentos.
Páginas que demoram para carregar afastam o público que notoriamente está querendo resolver algum problema ou apenas tentar realizar alguma compra. Conforme o tempo de carregamento, de qualquer página, aumente de um para cinco segundos, a probabilidade de rejeição dos internautas aumenta em 90%, como apontou a pesquisa Google/SOASTA.
“Qualquer experiência de navegação segura deve ser considerada por desenvolvedores e empresas que tenham o mínimo de compromisso com a acessibilidade igualitária, mas não é só isso, é também sobre resultados e eficiência” completa.