Um relatório de 2023 da Statista projeta que até 2030 o número de dispositivos de Internet das Coisas (IoT) em uso atingirá 30 bilhões, triplicando os números registrados em 2020. Esse crescimento contínuo é impulsionado pela crescente conectividade de sensores e sistemas, especialmente no ambiente empresarial, prometendo significativos ganhos de eficiência e insights inovadores. Consequentemente, a IoT e a IIoT (Internet Industrial das Coisas) emergiram como plataformas essenciais para impulsionar a transformação digital não apenas em empresas individuais, mas em setores inteiros.
“Mas esse rápido avanço tecnológico traz consigo desafios críticos de segurança física, à medida que mais dispositivos são integrados às redes de TI, tornando tanto os equipamentos quanto a infraestrutura de software mais suscetíveis a ataques cibernéticos. Parte desse cenário decorre do fato de que muitos dispositivos de consumo priorizam a facilidade de implementação em detrimento da segurança cibernética em seu design”, explica Tiago de Brito, engenheiro de aplicações da Genetec. Essa realidade motiva a Genetec a divulgar as melhores práticas para reunir todos os dados de IoT/IIoT das empresas, visando gerar resultados significativos e grandes ganhos, ao mesmo tempo em que mitiga os riscos cibernéticos.
Termos esclarecidos: IoT, IIoT e Indústria 4.0
A IoT é um ecossistema em rede de dispositivos que se conectam e trocam dados entre si pela Internet ou outras redes. Embora a IoT geralmente esteja relacionada a dispositivos conectados ao consumidor, a IIoT se concentra na conectividade de dispositivos em uma empresa para facilitar o monitoramento e o suporte às operações. “Hoje, muitas companhias estão implementando estratégias de IIoT para alcançar resultados comerciais específicos. Algumas estão integrando sistemas de gerenciamento de vídeo (VMS) e sistemas de controle de acesso (ACS) com soluções de iluminação e HVAC para aprimorar a automação, reduzir o consumo de energia e atender às demandas de sustentabilidade”, informa Brito.
Segundo ele, a produção inteligente e a IIoT estão abrindo caminho para o que agora é chamado de “Indústria 4.0”. O conceito combina produção e operações com dispositivos inteligentes, big data e monitoramento centralizado para criar uma visão mais abrangente de um negócio e impulsionar decisões mais inteligentes. A Indústria 4.0 também amplia as operações em tempo real, pois a implementação de sensores conectados em uma instalação consolida dados em uma única interface e permite melhor reatividade a situações, como desligar máquinas que precisam de reparos para evitar mau funcionamento. “Outras empresas também estão unificando diversos sistemas para obterem mais insights sobre sua segurança, serviços e operações diárias. Com essas informações, estão encontrando novas maneiras de se tornarem resilientes, aprimorar processos e melhorar a experiência de seus clientes”, explica o engenheiro da Genetec.
O papel da nuvem na evolução da IIoT
A transformação digital se acelerou em todo o mundo durante a pandemia. À medida que mais pessoas trabalhavam em casa, as empresas precisaram possibilitar uma maior conectividade às aplicações e acesso seguro às informações a partir de uma variedade de dispositivos ou locais. Ao mesmo tempo, o lançamento do 5G e o crescimento da infraestrutura na nuvem prepararam o terreno para iniciativas generalizadas de IIoT. Enquanto o 5G proporciona uma transferência de dados mais rápida e eficiente, as aplicações em nuvem oferecem computação, processamento de dados e armazenamento poderosos. Isto proporciona um caminho mais fácil e acessível para expandir os sistemas existentes, lançar novas aplicações e compartilhar dados entre departamentos e locais.
A computação na nuvem e a onipresença das redes também fornecem um ativo fundamental para a evolução da IIoT, ampliando a capacidade de consolidar, manipular, monitorar e obter insights a partir dos dados gerados pelos sensores da IIoT em expansão. Sem essas duas tecnologias, os dados do IIoT podem rapidamente se tornar avassaladores e, em última instância, ignorados. “A nuvem continua a ampliar oportunidades para empresas que desejam maior conectividade em seus dispositivos IIoT. Ele fornece flexibilidade para implementar novas soluções e, simultaneamente, trazer os investimentos existentes para o ambiente IIoT. Os novos dispositivos de infraestrutura conectados à nuvem, por exemplo, estão simplificando a transição para uma arquitetura de nuvem híbrida, o que possibilita que as equipes de TI e de segurança física atualizem a infraestrutura de segurança e expandam a conectividade a dispositivos, dados e locais, mantendo sensores legados”, ressalta Brito.
De acordo com o engenheiro, enquanto investimentos existentes podem ter impedido as empresas de lançar novas estratégias de IIoT, esses dispositivos de nuvem plug-and-play estão preenchendo essa lacuna e ajudando-as a modernizar suas instalações. Atualmente, as soluções na nuvem estão tornando mais simples, acessível e até mesmo mais seguro reunir sistemas e dados, tornando tudo acessível a partir de qualquer localização.
Reforçando a cibersegurança da IIoT com a nuvem
Uma das maiores preocupações das empresas é a cibersegurança dos dispositivos IIoT, porque o risco de ataques cibernéticos e violações de dados cresce junto com o número de equipamentos conectados. Embora o objetivo principal de uma companhia seja extrair o máximo valor possível de todos os seus sensores conectados, os resultados mais bem-sucedidos também dependem de quão bem eles conseguem construir e manter uma segurança cibernética e privacidade de dados robustas.
Embora a nuvem seja o principal catalisador da IIoT, a crença de longa data de que a nuvem não é segura simplesmente não é verdadeira. “Hoje, manter os sistemas protegidos contra ameaças é complexo, exigindo recursos dedicados e diligência incansável. Com a solução de nuvem certa, as empresas podem acessar ferramentas monitorar a saúde do dispositivo IIoT e se beneficiar de muitos recursos e ferramentas de cibersegurança integradas, que ajudam a automatizar processos e ficar atentos às ameaças”, destaca Brito.
Como a unificação e analíticos ajudam as empresas a entenderem dados IIoT
A conexão de centenas ou milhares de sensores só poderá beneficiar as empresas se elas tiverem ferramentas para entender os dados que chegam. Investir em uma plataforma de arquitetura aberta é crucial. Com uma plataforma aberta e unificada, é possível reunir dados de vários sensores e sistemas em uma única solução. Isso cria uma base sólida sobre a qual se pode continuar expandindo as iniciativas IIoT. “Pode-se, por exemplo, começar combinando seu VMS, ACS e sistemas de intrusão em uma única plataforma. Isso dará ao pessoal de segurança uma imagem mais clara dos eventos e possibilitará que respondam rapidamente a ameaças e incidentes no ambiente. A partir daí, outros sistemas podem ser trazidos para os negócios, como intercomunicação, gerenciamento predial, ponto de venda ou reconhecimento automático de placas de veículos (ALPR). Ter todos esses sensores direcionando dados para uma única plataforma dá para a equipe uma melhor compreensão do que está acontecendo em toda a empresa”, explica Brito.
Casos de uso do mundo real: IIoT aprimorando a segurança e as operações
1. Automatizar o fluxo de ar do HVAC em aeroportos com base nos níveis de aglomeração – os aeroportos recebem milhares de passageiros diariamente e aglomerações podem formar-se rapidamente. Garantir um fluxo de ar adequado em todo o aeroporto é fundamental, especialmente quando muitas pessoas estão aglomeradas em filas, nos portões de embarque ou nas alas do terminal. Porém, manter os sistemas de HVAC funcionando em capacidade máxima o tempo todo não é eficiente em termos de custo ou energia. Em um aeroporto no Canadá, a equipe de operações utiliza videomonitoramento e analíticos de estimativa de aglomerações para controlar melhor o fluxo de ar. Se a plataforma de segurança unificada detectar uma multidão se formando em uma área específica, o sistema aciona o fluxo de ar do HVAC para aumentar a circulação naquela zona. Quando a multidão diminui, o fluxo de ar também diminui. Isso ajudou a reduzir os custos de energia, manter práticas sustentáveis em vigor e garantir uma melhor qualidade do ar.
2. Detectar descarte ilegal em toda a cidade – as cidades muitas vezes têm dificuldade em gerir atividades de descarte ilegal. É difícil flagrar atividades de descarte no ato e ainda mais difícil dissuadir ou identificar suspeitos. Recentemente, a cidade de New Orleans (NOLA) adotou uma abordagem inovadora para o problema. O Departamento de Saneamento e o Centro de Prevenção ao Crime em Tempo Real de NOLA trabalharam em parceria para instalar câmeras em locais de descarte conhecidos. No entanto, monitorar múltiplos fluxos de vídeo não foi suficiente para capturar os responsáveis de forma oportuna. Por este motivo, a equipe também configurou uma regra de evento-para-ação em sua plataforma de segurança unificada, que processa a detecção de movimento em uma zona definida do campo de visão da câmera e, em seguida, tira imediatamente uma foto do vídeo e a envia por e-mail para pessoas específicas. Dois dias após configurar esse evento de ação, NOLA conseguiu identificar e prender um infrator reincidente.
3. Identificar temperaturas em salas de servidores ou salas de medicamentos de hospitais – as salas de servidores do datacenter geralmente abrigam sistemas e dados cruciais. Manter essas salas refrigeradas garante que os investimentos estejam protegidos e que os negócios continuem funcionando normalmente. Os hospitais enfrentam desafios semelhantes para manter as salas de medicação refrigeradas. Uma maneira de monitorar as temperaturas para essas aplicações é instalar sensores de temperatura do ar nas salas identificadas. Se um sistema de refrigeração falhar e as temperaturas subirem ou atingirem um limite, as equipes serão alertadas imediatamente. Em alguns casos, isso pode não ter nada a ver com uma falha no HVAC, mas sim porque alguém deixou uma porta aberta. É aqui que entra em jogo ter todos os dados unificados em uma única plataforma. O sistema seria capaz de detectar rapidamente a porta entreaberta por muito tempo e um aumento na temperatura ambiente, e identificar rapidamente que pode ser uma situação urgente, enviando todas essas informações para um operador. Eles podem então investigar e remediar o problema. Também conseguem identificar quem esteve por último na sala por meio das informações do portador de cartão.
4. Automatizar os controles prediais para aprimorar os esforços de sustentabilidade – o gerenciamento e a automação predial são componentes importantes na IIoT. De acordo com uma nova pesquisa de sustentabilidade em segurança física, 42% das companhias têm seu sistema de controle de acesso vinculado ao sistema de gestão predial. Outros 35% utilizam dados de seu sistema de controle de acesso para impulsionar operações mais sustentáveis. Plataformas de segurança unificadas modernas fornecem protocolos que os operadores podem usar para ativar automaticamente a climatização, a iluminação e outras funções do edifício com a aproximação de um cartão de controle de acesso. Assim, o primeiro colaborador que entra no prédio aciona o sistema de aquecimento ou refrigeração para atingir a temperatura desejada e as luzes principais acendem automaticamente.
Reunindo dados de sensores IIoT
As empresas estão explorando ativamente maneiras de aproveitar os dados dos diversos dispositivos IIoT em seu ambiente. Mas com cibersegurança em mente e as infinitas possibilidades oferecidas, nem sempre é fácil encontrar o melhor caminho a seguir. Trabalhar com um fornecedor confiável é fundamental. Eles não apenas oferecerão à companhia as ferramentas para manter seus dados privados e protegidos, mas também podem ajudá-lo a avaliar seu ambiente atual, construir um roteiro em fases e orientá-lo por intermédio do processo de alcançar seus objetivos de IoT/IIoT.
Sobre a Genetec
A Genetec Inc. é uma empresa global de tecnologia que vem transformando o setor de segurança física há mais de 25 anos. Hoje, a empresa desenvolve soluções projetadas para melhorar segurança, a inteligência e as operações de empresas, governos e comunidades em que vivemos. Seu principal produto, o Security Center, é uma plataforma de arquitetura aberta que unifica vigilância por vídeo baseada em IP, controle de acesso, reconhecimento automático de placas de veículos (ALPR), comunicações e análises. Fundada em 1997 e sediada em Montreal, Canadá, a Genetec atende seus clientes por meio de uma extensa rede de parceiros de canal e consultores certificados em mais de 159 países. Para obter mais informações sobre a Genetec, visite: www.genetec.com/br.
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