Por Shirley Fernandes (*)
Recentemente, ouvi de um cliente a seguinte percepção: “Desafiador colocar a IA, mas muito mais desafiador será sem ela”, depois de ele entender sobre os novos investimentos e mudanças que serão necessárias para incorporar efetivamente a Inteligência Artificial em seus negócios. Com o avanço da Inteligência Artificial (IA), mais uma vez, o mundo dos negócios tem nos desafiado com as novas adaptações em nosso dia a dia, objetivando maior produtividade, consistência e coerência diante de uma demanda que chegou muito rápida. Assim, buscar a consistência na aderência de algo novo é sempre um grande desafio. E manter a coerência do novo, com uma estratégia, assertiva é ainda mais desafiador.
Vejo este cenário como uma sopa de letrinhas, em conjunto com muitas dúvidas que tem sido levada para às mesas de reuniões com frequência com alguns temas, como: IA, GPT, LLM, Machine Learning. São os novos modelos de negócios, reposicionamento de marcas e gestores olhando e pensando em como usufruir de tudo isso para trazer mais negócios.
Observando a maioria dos meus clientes, vejo que o ponto alto está no ‘como’ levar todas essas novidades para dentro das corporações. Porque a IA, além de envolver muita tecnologia e desenvolvimento, exige uma mudança cultural e de mentalidade de quem a usa. Logo, não é porque a IA é disruptiva, acelera processos e otimiza tempo, que ela encontrará espaços consistentes em muitas empresas para se instalar do dia para noite. É preciso lembrar, como digo durante as minhas palestras, que existe uma jornada imensa para receber esse novo. Há toda uma preparação que precisa e dever ser feita com muita cautela.
Acho interessante observar que, por padrão, nós, seres humanos, somos treinados para nos manter na zona de conforto. Assim, fazendo uma viagem bem inicial, desde o ventre da mãe, nós queremos ficar no quentinho, recebendo alimentação e cuidados sem grandes esforços. Mas, e quando isso não acontece? O que nós fazemos? Choramos, reclamamos, resistimos e muitas vezes rejeitamos o desconhecido, o novo. E quando olho para mundo adulto e corporativo, vejo que este tipo de comportamento se repete. Pois, tudo o que é novo promove uma resistência. Vejo que isso está implícito nas mesas de reuniões, pautadas por muitas dúvidas e objeções sobre a chegada desse novo.
Por isso, eu digo que a AI chegou para nos mover de patamar, acelerar processos e facilitar o mundo. Entretanto, o ritmo de atuação e aderência, consistente e coerente, quem fará somos nós. Para refletir sobre essa nova tecnologia, gosto de usar a analogia de como a Microsoft chama a sua AI: o Copilot. Ou seja, o protagonista continua sendo o ser humano. Pois nós continuamos como Pilotos, e a AI será o Copilot nesta jornada.
Assim, eu te convido a refletir comigo: já parou para pensar que toda a demanda de negócio que move o mundo, tem como eixo propulsor ser humano? Nós, seres humanos somos os Protagonistas da Transformação e a IA é uma ferramenta poderosa, que temos para produzirmos ainda mais resultados em nossos negócios.
Você pode até ter uma empresa de tecnologia e desenvolvimento, contudo, você só venderá o seu produto porque os seus clientes têm áreas de atuação e vendas onde o centro é o atendimento às necessidades das pessoas. Ou seja, o mundo gira em torno de pessoas. E, assim, a IA é um acelerador.
Enfatizo esse ponto, pois uma pesquisa recente da Ipespe, aponta que 4 em cada 10 brasileiros têm medo de perder o emprego devido ao avanço da Inteligência Artificial. Eu entendo que esse medo tem sido um grande “motivador” para a mudança que está em curso, porém não é o melhor tipo de motivação. As mudanças positivas e estratégicas acontecem pela conscientização e não pelo medo. E neste artigo, tenho o propósito de motivar o leitor a olhar ainda mais para a potência humana sem se intimidar com o novo que está chegando.
Ao longo dos anos, tenho trabalhado várias frentes com a IA e desenvolvido algumas soluções facilitadoras através do desenho de um mapa mental, com processos que agilizam o nosso cotidiano. Quanto menos processos e burocracia, mais o ser humano poderá usar a sua máquina psíquica para criar soluções que resolvam seus problemas. O ser humano poderá investir seu tempo no disruptivo e tirar o seu olhar de processos repetitivos.
A percepção das pessoas é que tudo mudará do dia para a noite, mas é preciso sermos estratégicos, com um olhar para o futuro e focado na preparação do nosso time, da nossa empresa e do nosso mindset para uma adesão de uma IA consistente e coerente.
Agora, a IA tem ganhado espaços cada vez maiores em várias frentes, acelerando negócios e mostrando que ela é uma parceira que auxilia as empresas e organizações a produzirem ainda mais, alcançando mais resultados e acelerando diversos processos.
Sejam bem-vindos(as) nesta jornada crescente, gradativa e constante com IA!
(*) Shirley Fernandes é sócia-diretora da N1 IT, empresa do Grupo Stefanini.
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