De acordo com a mais recente “Pesquisa Panorama” realizada com lideranças brasileiras pela AMCHAM, em parceria com a organização Humanizadas, Inteligência Artificial (IA) e práticas ESG são os dois temas que mais deverão impactar investimentos e ações direcionadas à transformação dos modelos de negócios e gestão das companhias nos próximos anos. Para 60% dos executivos respondentes, a IA é a principal tendência de transformação no mercado, e para 51%, é o ESG. Embora possa não parecer, faz muito sentido os dois pontos lado a lado nas primeiras posições do ranking da AMCHAM, pois há intersecções entre eles. A inteligência artificial vem apoiando a coleta e interpretação de informações sobre o impacto de iniciativas ESG no negócio, inclusive sob o ponto de vista financeiro, uma exigência que, a partir de novas determinações regulatórias, será obrigatória aos relatórios integrados de empresas de capital aberto, como medida preventiva ao greenwashing. E a diversidade e inclusão, premissas fundamentais à governança ESG, precisa fazer parte e pautar o uso da IA nas empresas.
“Assim, para apoiar e assegurar todo o potencial de uso da inteligência artificial na governança ESG, privilegiando a diversidade e a inclusão, é preciso que desenvolvedores, testadores e usuários da tecnologia sejam tão diversos quanto as comunidades nas quais a IA chega, mudando cultura e levando benefícios. Isto é fundamental para evitarmos que a IA aprenda vieses excludentes ou preconceituosos. Sabemos que a pluralidade de perspectivas na cultura organizacional resulta em organizações e soluções mais fortes, e a IA não está fora disso”, diz Edgar Garcia, vice-presidente da UiPath para a América Latina. A UiPath é uma empresa líder em software de automação empresarial.
É o que diz, por exemplo, o estudo de 2023 da consultoria global McKinsey que apontou que organizações com equipes executivas diversas são, em média, 39% mais bem-sucedidas financeiramente. Da mesma forma, um levantamento realizado pelo Boston Consulting Group mostrou que companhias com equipes gerenciais plurais relatam 19% mais receita de inovação do que empresas com um quadro de lideranças mais homogêneo.
Inclusão e diversidade na IA
O tema da diversidade e inclusão no emprego da IA foi debatido recentemente em painel organizado pela UiPath, sob o título “Diversas Perspectivas em IA”, com a participação dos executivos Joe Edwards, diretor de marketing de produtos da UiPath, e Keena Byrd, líder de pesquisa e User Experience (UX) na empresa. Para ambos, a representatividade é chave para um ecossistema de IA mais robusto. “Um dos atributos mais intrigantes e de potencial mais alto da inteligência artificial generativa (GenAI) é que ela é alimentada pela linguagem natural, o que a torna mais acessível às pessoas, comunidades e organizações. Mas para que isso possa ser bem explorado, precisamos reconhecer e corrigir vieses humanos”, pontuam os executivos.
Neste sentido, para a UiPath, a diversidade precisa fazer parte do desenvolvimento de programas de IA não apenas dentro do que diz respeito às questões de gênero, etnia ou orientação sexual, mas também considerando as diferentes trajetórias e experiências profissionais que podem contribuir para isso. Para a companhia, um quadro multidisciplinar de potenciais profissionais desenvolvedores é determinante para a inovação.
A boa notícia é que, atualmente, a partir do uso de recursos de automação atrelados à inteligência artificial, as organizações não precisam mais de talentos especializados para gerar mais valor a partir da IA. “Isso impulsiona a diversidade na governança”, diz Edgar. Ele explica que plataformas UiPath, como de automação de testes, mineração de processos e fluxos de trabalho, dentro de um ambiente de UX de baixo código ou sem código, permitem que colaboradores, mesmo aqueles que não são de TI, usem, treinem e ajustem a IA às demandas processuais.
Exemplo disso é o UiPath AutoPilot ™, um conjunto de novas experiências movidas a IA em toda a plataforma de automação de negócios da empresa, construído com essa democratização em mente. De estagiários a CEOs, a plataforma torna cada usuário mais produtivo e participante no ecossistema da IA na companhia. “O piloto automático permite que os profissionais não especializados usem sistemas para aumentar suas habilidades”, disse Keena Byrd, durante o painel da UiPath.
A falta de experiência e conhecimento sobre a inteligência artificial é uma barreira que ainda deixa muitos executivos apreensivos e inseguros para o ganho de escala no uso da IA. Este foi justamente o entrave mais citado no Índice Global de Adoção de IA da IBM 2023. “Por isso, o emprego de plataformas acessíveis e que favorecem a diversidade no ecossistema da tecnologia é fundamental à transformação dos negócios. Esta é uma intersecção entre o ESG e a inteligência artificial”, diz Edgar.
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LUCIANA SANTOS TARDIOLI SIMOES
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