A Internet das Coisas (IoT) está cada vez mais presente em nosso cotidiano, muitas vezes de maneira sutil. Desde sistemas de segurança residencial até o monitoramento de saúde, essa tecnologia conecta aparelhos e aprimora operações, tornando os processos mais eficazes e protegidos. Essa transformação tecnológica está moldando o futuro de setores e serviços essenciais, evidenciando seu vasto potencial para salvar vidas. De acordo com a Markets and Markets, o mercado global de soluções conectadas deve crescer de US$64 bilhões, em 2024, para US$153 bilhões até 2029.
Com a integração de dispositivos, essa inovação possibilita o acompanhamento em tempo real de sistemas críticos, capturando e analisando dados de forma instantânea. Esse nível de controle é fundamental para evitar falhas em infraestrutura e identificar riscos antes que eles se concretizem. A capacidade de detectar problemas antecipadamente é uma das grandes promessas da Internet das Coisas (IoT), especialmente em áreas críticas, como energia e saúde, onde está sendo empregada para garantir a proteção de milhões de pessoas. A IoT é essencialmente sobre conectividade e conexão entre objetos e dispositivos, permitindo que troquem dados entre si e com outros sistemas, ampliando a capacidade de monitoramento e resposta.
Essa conectividade não apenas transforma a maneira como as empresas operam, mas também traz um impacto direto nos negócios. A adoção de soluções IoT possibilita uma integração completa entre dispositivos físicos, a internet e a gestão empresarial, criando um ecossistema altamente eficiente. Além de promover a otimização operacional, a IoT gera valor estratégico para as empresas ao aumentar a produtividade, fortalecer a segurança da informação e proporcionar uma tomada de decisões mais assertiva. Ao mesmo tempo, essas inovações focam em melhorar as experiências tanto dos usuários quanto dos consumidores, reafirmando o compromisso das empresas com a modernização e a inovação.
Para Pitágoras Bandeira, Líder de Indústria & IoT da BlueShift, a adoção dessa tecnologia no setor industrial não apenas fortalece a segurança operacional, mas também traz uma série de benefícios estratégicos e de produtividade. “Com sensores distribuídos por toda a planta, é possível prever falhas antes que aconteçam, reduzindo riscos e assegurando que trabalhadores e o ambiente estejam resguardados. Além disso, essa conectividade permite uma visibilidade aprimorada dos processos, aumentando a produtividade, segurança da informação e proporcionando uma gestão de eficiência mais precisa. O monitoramento contínuo facilita acessos rápidos e uma tomada de decisões mais assertiva, resultando em operações otimizadas e menos suscetíveis a falhas”, explica.
Um exemplo de aplicação dessa inteligência tecnológica é o projeto desenvolvido pela Comgás, em parceria com a BlueShift e utilizando o Azure IoT Edge, da Microsoft. A distribuidora adotou uma solução para gestão centralizada de dispositivos, capaz de configurar e monitorar sensores remotamente, otimizando a operação e a segurança da rede de distribuição de gás.
A implementação dessa solução eliminou a necessidade de enviar técnicos a campo para configurar as “tags” dos sensores e coletar dados manualmente. Além disso, três grandes desafios foram superados: o parque de dispositivos com diferentes interfaces, a baixa disponibilidade de serviço, que gerava lacunas de dados, e a ausência de uma gestão unificada das tags originadas dos sistemas SCADA (Supervisory Control and Data Acquisition) — um sistema de aquisição e controle de dados que monitora e gerencia dispositivos, sensores e equipamentos em uma rede.
Com essa nova tecnologia, a Comgás passou a gerenciar de forma centralizada o ciclo de vida dos dispositivos, configurar servidores OPC UA integrados ao Azure IoT Edge e monitorar alarmes automáticos para falhas na captação e transmissão de dados. Isso resultou em uma operação mais rápida e com maior controle sobre as alterações feitas nos sensores.
“Ao integrar soluções inteligentes aos processos da Comgás, conseguimos não apenas otimizar a operação, mas também garantir mais segurança e rapidez nas respostas a falhas, reafirmando nosso compromisso com a Transformação Digital, inovação e a proteção de nossos clientes”, finaliza o especialista.
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