O recém-criado IPSU Brasil, ou Índice de Percepção de Segurança e Usabilidade, criado por Mobile Time e Opinion Box e aplicado na mais recente pesquisa sobre identificação e autenticação digitais, revela que a leitura de digital é o meio de autenticação favorito do brasileiro, enquanto o reconhecimento de voz tem a pior avaliação entre os usuários mobile.
O novo índice mede a percepção do consumidor brasileiro em relação à segurança e facilidade de uso de seis meios de autenticação: leitura de digital; reconhecimento facial; reconhecimento de voz, escaneamento de íris, senhas, e token por SMS.
Nesta edição da pesquisa Panorama Mobile Time/Opinion Box – Identificação e Autenticação Digitais no Brasil, o IPSU Brasil combinou as respostas dos entrevistados a quatro perguntas:
1 – Qual o método de autenticação mais fácil e confortável?;
2 – Qual o mais difícil e desconfortável?;
3 – Qual o mais seguro?; e
4 – Qual o menos seguro?
Nas perguntas sobre “qual é o mais fácil/confortável” e “qual o mais seguro”, os percentuais foram computados como pontos positivos. Nas perguntas sobre “qual o mais difícil/desconfortável” e “qual o menos seguro” foram contados como pontos negativos. A soma das quatro perguntas é a pontuação de cada meio de autenticação. Nesse índice, a pontuação mínima é -200 e a máxima é 200.
Apenas dois meios de autenticação tiveram pontuação positiva no IPSU Brasil, o que sugere uma percepção favorável do brasileiro na avaliação sobre usabilidade e segurança deles: 1 – leitura digital (41 pontos) e reconhecimento facial (28 pontos).
O uso de senha tem uma percepção negativa (-1), assim como o escaneamento de íris (-5), token por SMS (-17) e reconhecimento de voz (-31), com o pior resultado nesta primeira apuração do IPSU Brasil.
O IPSU Brasil também oferece recortes sociais e demográficos, com a leitura de digital apresentando resultados bastante homogêneos nas quatro perguntas sobre facilidade de uso e segurança, sem diferenças significativas quando analisado por gênero, idade ou classe social.
O reconhecimento facial, por sua vez, é considerado mais fácil e confortável pelo público mais jovem, de 16 a 29 anos, e pelos brasileiros das classes A e B. Em termos de segurança, porém, o percentual dos que apontam o reconhecimento facial como menos seguro é maior entre os jovens de 16 a 29 anos (12%) do que entre os mais velhos, com 50 anos ou mais (7%). Por classe social, os brasileiros das classes D e E são os que acham esse meio o menos seguro (11%), ante aqueles das classes A e B (6%) e C (7%).
A senha é tida como o meio mais fácil de usar por 28% dos brasileiros com 50 anos ou mais e por 27% daqueles das classes D e E. Esses são os segmentos em que esse meio de autenticação apresenta seus melhores resultados. Por outro lado, a senha é considerada o meio menos seguro por todas as faixas etárias e todas as classes sociais.
Outras descobertas da pesquisa
– Mais de um terço, 36%, dos brasileiros com smartphone que têm RG digital armazenado em seu dispositivo. O uso de RG digital é mais comum entre os jovens de 16 a 29 anos (43%) do que entre brasileiros com 30 a 49 anos (32%) e com 50 anos ou mais (35%). Por classe social, é um pouco mais comum nas classes A e B (39%), que na classe C (36%) e nas D e E (35%). Não há diferença de gênero;
– O uso do título de eleitor e da carteira de vacinação em formato digital no universo de brasileiros que possuem smartphone se manteve praticamente estável em um ano: 44% e 37%, respectivamente.
– Praticamente a totalidade da população brasileira que possui smartphone já acessou a plataforma Gov.br (94%);
– A assinatura eletrônica de documentos já foi utilizada por 78% dos brasileiros com smartphone. A prática é mais comum entre jovens de 16 a 29 anos (84%) que entre os brasileiros de 30 a 49 anos (79%) e com 50 anos ou mais (72%). Nas classes A e B a proporção é de 88%, ante 80% na classe C e 74% nas D e E.
Foram entrevistados 2.067 brasileiros que possuem smartphone e acessam a Internet, entre os dias 10 e 29 de julho de 2024. O relatório integral pode ser baixado gratuitamente AQUI.
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WILIANS GEMINIANO RODRIGUES
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