por Thiago Baeta, Solutions Architect da Deutsche Telekom
No atual cenário econômico, contar com a tecnologia mais recente em telecomunicações é um fator crítico para competitividade das empresas. Neste contexto, o 5G FWA (Fixed Wireless Access, na sigla em inglês) ganha destaque como alternativa econômica e escalável à rede com fio tradicional, oferecendo conectividade de alta velocidade e baixa latência, o que permite às empresas inovarem com rapidez.
A tecnologia pode usufruir das frequências de ondas milimétricas (mmWave), proporcionando velocidades de até 10 Gbps, o que oferece um impulso significativo na eficiência e capacidade de respostas das operações empresariais. Segmentos da indústria como automação industrial, telemedicina, dentre outros que demandam aplicações de realidade aumentada encontram no 5G FWA uma base sólida para alcançar níveis de desempenho antes impensáveis.
A implantação dessas redes de alta velocidade, sem a necessidade de uma rede de fibra tradicional, amplia a viabilidade de expansão para áreas remotas, as quais não possuem atendimento por redes fixas de alta capacidade, beneficiando organizações globais que muitas vezes enfrentam desafios com conectividade em determinadas regiões.
Além do aumento na eficiência operacional, o FWA traz ainda outros benefícios para as organizações, como a rapidez na implantação e a economia de recursos quando comparado à instalação de cabos ou construção de infraestrutura. Também pode ser facilmente instalado e configurado, desde que esteja disponível o serviço e/ou cobertura no ponto de interesse, permitindo que os clientes realoquem a conectividade em locais temporários sem a necessidade de novo cabeamento ou reinstalação.
O uso do FWA também é uma opção para empresas que mudam seus escritórios com frequência. Quando as organizações configuram a infraestrutura de rede com fio em locais temporários, isso aumenta o custo operacional do negócio. Com a tecnologia as organizações podem implementar rapidamente o FWA e cancelar a assinatura quando transferem as operações, poupando recursos para migração.
Já para solucionar o problema de localidades com condições climáticas voláteis, que muitas vezes ocasionam indisponibilidade nos serviços de telecomunicações, o FWA pode integrar-se perfeitamente à rede com fio para manter uma conexão constante.
Adoção do 5G FWA
De acordo com relatório divulgado recentemente pela GSMA, associação global que reúne centenas de operadoras do setor, tem havido um interesse renovado nas soluções FWA como um caso de uso importante para redes 5G. Em janeiro de 2023, mais de 90 prestadores de serviços de banda larga fixa (a grande maioria operadoras móveis) lançaram serviços comerciais FWA baseados em 5G em mais de 48 países. O que significa que cerca de 40% dos lançamentos móveis comerciais 5G em todo o mundo incluem uma oferta FWA.
Projeções da associação apontam que nos próximos quatro anos, as conexões 5G FWA devem crescer cerca de 190% ao ano no Brasil e estima-se que o número total de conexões no Brasil ultrapassará 1 milhão até 2025. De acordo com o relatório, há uma demanda por redes 5G de alta capacidade e disponibilidade para as empresas.
Embora a tecnologia FWA apresente inúmeras oportunidades, há desafios a enfrentar. A alocação de espectro, o custo do CPE e a garantia de uma adequada experiência do usuário são temas que exigem atenção contínua. As operadoras e a indústria devem continuar inovando e colaborando para enfrentar estes desafios e desbloquear todo o potencial do FWA.
Mas é certo que, à medida em que a tecnologia 5G continuar sua evolução, o mesmo acontecerá com o acesso fixo sem fios FWA. A implementação de frequências mmWave e técnicas de beam forming prometem fortalecer a capacidade e cobertura desse serviço. Além disso, a integração com tecnologias como IoT e Edge Computing abre novos horizontes, permitindo conectividade para cidades inteligentes, automação industrial e muito mais. A jornada do 5G FWA apresenta possibilidades ilimitadas para um mundo mais conectado, com mais velocidade e eficiência na sua permanente transformação.
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EMILIA BERTOLLI PATRIZI
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