Por Rafael Calliet
Quais são os reais propósitos da inovação no departamento jurídico? Certamente, essa é uma dúvida que gera esclarecimentos, mas também pode ser uma porta aberta para encapsular mitos sobre a eficiência tecnológica no meio jurídico. A verdade é que graças à era digital e ao mundo contemporâneo, a gestão de escritórios também tem abraçado transformações e inovações, pavimentando um caminho que preza pela segurança, pela otimização de processos e, claro, pela eficiência operacional.
Um exemplo claro sobre o uso de soluções tecnológicas no meio jurídico é abordado pelo portal do CNJ (Conselho Nacional de Justiça), que incentiva o aprimoramento na organização e gerenciamento de documentos, processos e comunicações relacionados a casos legais de forma digital, com o eCMS (Sistemas de Gerenciamento de Casos Eletrônicos). Esse respaldo do CNJ estimula a implementação tecnológica em escritórios, não só melhorando a gestão processual, mas colaborando, também, para que uma nova consciência, holística e inovadora, faça parte dos valores profissionais de advogados e suas respectivas empresas.
Os mitos por trás da tecnologia jurídica
Entre uma das principais preocupações que afligem o meio jurídico em relação à possibilidade de implementação tecnológica refere-se à substituição de profissionais de Direito por máquinas. Esse mito reforça uma problemática que estagna muitos escritórios e não permitem que advogados usufruam de insights valiosos para análises de dados e automação de tarefas, que podem facilmente serem feitas por robôs. Explicando e refutando de forma simples, a tecnologia não substitui a experiência humana e o julgamento ético, com isso, a preocupação de substituição de profissionais simplesmente não é real.
Em adição, narrativas afirmando que a tecnologia é adaptável somente para grandes escritórios ou então que torna o cotidiano mais complicado, são enunciados que soam engraçados para mentes que já estão no compasso do ritmo digital. Por ambas as premissas serem mitos, muitos escritórios não experienciam benefícios como agilidade e intuitividade, características da inovação como parte do departamento jurídico, indo contra ao que crenças equivocadas espalham.
Para ganharmos visão da amplitude de como a tecnologia vem desmitificando tais enredos, dados coletados pelo anuário Análise Advocacia 2022, promovido pelo portal Análise Editorial, confirmaram que em 2023, 42% dos escritórios entrevistados afirmaram que adotaram medidas tecnológicas para otimizar a gestão, e, ainda, que 29% acreditavam que o serviço prestado aos clientes melhorou, motivado pela implementação de inovação.
Explanando os fatos e encontrando verdadeiras oportunidades
Os dados coletados pela Análise Editorial já trazem de antemão a visão do mercado: graças à tecnologia, escritórios de advocacia estão estruturando seus processos de forma mais adequada, um aspecto que é refletido na experiência dos clientes, inclusive. Nesse sentido, incentivar a inovação e, principalmente, crescer a consciência de modernidade e de vantagem competitiva que tais tecnologias proporcionam aos profissionais do Direito, é um caminho que devemos percorrer, e explico o porquê.
Primeiramente, diferente do que afirmam os mitos, a tecnologia é uma ótima aliada para gerar análises de informações que tornam decisões mais precisas, permanecendo com a capacidade de julgamento ético que é inerente aos profissionais. Além de gerir essas informações, a inovação também colabora para a acessibilidade jurídica, elevando o nível de processamento de casos ao sair dos tradicionais arquivos em papéis, e permitindo que escritórios de todos os tamanhos possam ter agilidade de processos, desde gestão de documentos, pesquisas e recursos jurídicos online, até uma comunicação mais simples, com audiências virtuais e videoconferências.
Um aspecto importante, que merece atenção e tem apoio na veia tecnológica que pulsa em departamentos jurídicos, é em relação à segurança de dados e à comunicação com os clientes. Sendo primordial para a privacidade de informações sensíveis, conforme a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados) já afirma, a adoção de tecnologias em escritórios não negligência as barreiras cibernéticas e seus possíveis riscos. Com prioridade para a proteção de dados, as soluções criam, ao mesmo tempo, uma comunicação e um relacionamento mais transparente, mais eficaz e mais personalizado na prestação de serviços com o cliente, devido, principalmente, à facilidade de acesso a informações.
Ao adotar tecnologias, os escritórios de advocacia vivenciam, portanto, um ambiente colaborativo, contemporâneo e confiável. Soluções desenvolvidas para facilitar a comunicação, gestão de processos e atualizações legislativas já são uma realidade no mercado, um cenário que vêm fortalecendo a imagem de advogados e seus respectivos atendimentos, bem como incentivando que os mitos que atrasam a evolução do departamento jurídico, sejam devidamente superados.
*Rafael Caillet é CEO da Oystr. Com Bacharel em Administração e MBA em Sistemas de Informação, o executivo possui atuação no setor de automação de processos para a área jurídica desde 2001.
Sobre a Oystr
Operando desde 2014, a Oystr é uma startup que desenvolve robôs inteligentes para a integração de escritórios de advocacia e departamentos jurídicos. Com o objetivo de otimizar o dia a dia dos profissionais do Direito, os robôs da empresa atuam tanto como um Software de Gestão, Sistema de terceiros e em Tribunais, realizando cadastros e coletando informações. Com uma plataforma no modelo SaaS, a Oystr conta com mais de 700 robôs desenvolvidos, de acordo com as necessidades de cada cliente. Saiba mais em: https://www.oystr.com.br/