Por Gustavo Helou Rahal*
Por contribuições e vantagens importantes, a tecnologia tem deixado de ser uma alternativa secundária para se consolidar como realidade em inúmeras empresas. Com o avanço de novas soluções, dentro de um mercado aquecido e marcado por desenvolvedores emergentes, a abertura para que cada vez mais organizações migrem seus processos ao ambiente digital é significativa. Para termos uma dimensão, de acordo com um estudo realizado pela PwC, 63% dos CEOs acreditam que a Inteligência Artificial (IA) é capaz de aumentar a eficiência dos funcionários.
Isso não só demonstra uma mudança na crença das empresas sobre os reais propósitos da IA, como indica que há uma clara oportunidade para que essas ferramentas sejam amadurecidas culturalmente, afetando, de forma positiva, o dia a dia dos profissionais. Não se trata de uma troca em que o fator humano dará lugar à máquina e fim de papo. Pelo contrário, é possível construir uma rotina operacional com sinergia entre as partes. E os ganhos falam por si só.
Tendo em vista esse cenário, antes de qualquer iniciativa para entrar de vez na era digital e reformular processos e estratégias, é fundamental que líderes interessados no tema tomem conhecimento de elementos críticos para a boa execução da tecnologia, para que todas as expectativas estejam alinhadas e esse momento, tão promissor para as empresas, faça jus ao potencial da inovação e seus braços tecnológicos.
Sim, projetos personalizados fazem toda a diferença
Personalização é uma palavra de ordem para diversos espectros do mundo dos negócios. Um atendimento personalizado, por exemplo, é quase um requisito obrigatório para a construção de relacionamentos duradouros com os clientes, sendo um dos pilares do conceito de Customer Experience (CX). No momento de optar por determinado projeto tecnológico, a lógica é a mesma. Uma solução padronizada e pouco flexível, dentro de um modelo replicável que não se adequa às necessidades de seu usuário, acaba por limitar (e até prejudicar) o alcance de uma ação que deveria ser impactante.
Ter a efetivação de uma solução personalizada sob medida, após um diagnóstico preciso de toda a cadeia produtiva e operacional do negócio, bem como a recomendação de práticas, conteúdos e serviços compatíveis com os interesses e as demandas do usuário, é um diferencial de grandes proporções – principalmente, por impulsionar as chances de o projeto sair bem-sucedido, com mais flexibilidade e poder de adaptação.
Priorize IAs integradas e simplificadoras
Junto à avalanche de novidades que permeiam o mercado tech, é esperado que gestores levantem dúvidas sobre qual ferramenta escolher, sobretudo IAs que despontam como opções atrativas. Um bom juízo de valor, que recomendo como norte por um melhor diagnóstico, está no nível de integração e simplificação da Inteligência Artificial debatida.
Afinal, simplificar processos e facilitar a vida dos usuários é um dos maiores objetivos mirados pela inovação, em benefício de um ritmo de produtividade mais fluído e dinâmico, delegando etapas exaustivas e pouco agregadoras para a IA. Obviamente, não faria sentido conduzir essa mudança se, mesmo assim, os profissionais tivessem que intervir, frequentemente, nas atividades aprimoradas.
A integração, por sua vez, pode ser entendida pela quantidade de funcionalidades centralizadas em um único dispositivo, o que não só expande o leque de possibilidades para quem está manuseando a plataforma, como economiza tempo, recursos e mobilização de colaboradores.
Cibersegurança é e continuará sendo ponto de atenção
Novidades chegam e tendências passam: e a cibersegurança permanece em pauta. Hoje, é basicamente impensável encabeçar um projeto tecnológico sem averiguar se a segurança dos dados é abordada pelo desenvolvedor. Uma solução vulnerável coloca informações sensíveis em risco, comprometendo a idoneidade e a própria imagem do negócio junto a seu mercado de atuação. Se fomos para o campo jurídico, os estragos são ainda mais nocivos, com punições asseguradas pela Lei Geral de Proteção dos Dados (LGPD).
Como última dica, a cibersegurança precisa ser comprovada por métodos eficazes de segurança e prevenção, com foco na privacidade, integridade e transparência dos dados. Esse não é, definitivamente, um compromisso que as empresas possam abrir mão.
Em resumo, ressalto que essa análise tem amplas condições de ser estendida para outros tópicos igualmente relevantes, considerando esse universo de oportunidades que cerca o meio digital. Porém, com essa trinca respeitada e servindo de parâmetro para a escolha da tecnologia, de fato, o líder dá passos decisivos para que a Inteligência Artificial cumpra seu papel e vá além, sustentando uma nova realidade de trabalho, dessa vez, orientada à alta produtividade e eficiência.
Gustavo Helou é sócio-fundador da QWize, uma startup de tecnologia e desenvolvimento especializada em Inteligência Artificial. Graduado em Administração, especialista em gestão de negócios e estratégias empresariais e empreendedor desde 2017, com mais de 7 anos de experiência no setor tecnológico, Gustavo é responsável por impulsionar projetos pioneiros no Brasil, como a Urbano Carsharing e a Ucorp Mobilidade Corporativa. Gustavo também estabeleceu parcerias significativas no mercado, incluindo com um dos maiores bancos atuais. Atualmente lidera a QWize, com o desafio de consolidar a empresa como uma das maiores referências de IA no Brasil.
Sobre a QWize
A QWize é uma consultoria de tecnologia focada em Inteligência Artificial, que tem por missão transformar negócios através da tecnologia, fornecendo soluções inovadoras e personalizadas que vão desde desenvolvimento até alocação de recursos. Em um mundo cada vez mais digital, a empresa mantém-se na vanguarda do mercado tech, fornecendo soluções de IA que são criativas, eficientes e centradas no usuário.