Por que a automação movida a inteligência artificial contribui para a inclusão financeira

Segundo estudo da Fundação Dom Cabral e do grupo Brinks, consultoria global de gestão de valores, no Brasil, cerca de  40% da população não tem conta bancária. Ou seja, quase  metade da população vive excluída do sistema financeiro e dos serviços que ele oferece. Globalmente, são 1,7 bilhão de pessoas nessa condição, conforme dados do Fórum Econômico Mundial. “Estar apartado do sistema digital de finanças significa viver à margem de possibilidades absolutamente onipresentes na nossa vida cotidiana, como a transferência de valores no Pix, o parcelamento de dívidas, ou o simples pagamento de uma fatura. Isso contribui para o fosso da desigualdade social. Por isso, a inclusão financeira é um dos Objetivos do Desenvolvimento Sustentável da ONU até 2030”, lembra Edgar Garcia, Vice-Presidente da UiPath para a América Latina.

Para Edgar, a tecnologia pode ser uma ponte para encurtar a distância social que a não-bancarização provoca, sobretudo entre as mulheres. Conforme os dados da Fundação Dom Cabral e do Brinks, a maior parcela dos brasileiros sem acesso ao sistema financeiro é feminina (43,4%).  “A automação movida a inteligência artificial é um exemplo de tecnologia que pode ajudar, porque ela contribui para democratizar a ciência de dados e, assim, consequentemente, o setor bancário”.

Isto é, ao promover um maior acesso a ferramentas com potencial para transformar o sistema financeiro, como os chatbots ou algoritmos de aprendizado de máquina que analisam de forma rápida e precisa uma variedade gigantesca de dados, cruzando diferentes cenários e informações, a automação aliada à inteligência artificial simplifica operações e aumenta a capacidade de integração e sustentação no sistema financeiro de uma parcela da população mais vulnerável à exclusão.  “A automação de processos, por exemplo, pode acelerar o mecanismo de entrada de dados e verificação de documentos,  contribuindo para dar vazão a mais serviços, como o microcrédito, a um número cada vez maior de clientes”, diz Edgar. “O que antes era proibitivo na perspectiva de custo e de tempo, e também da detecção de fraudes, por exemplo, torna-se cada vez mais viável por meio da automação movida a inteligência artificial”, completa. 

A identidade digital é, talvez, uma das maiores barreiras ao acesso a serviços financeiros. “Aqui, a automação pode transformar os processos de verificação tradicionais por meio de tecnologias biométricas, como impressão digital e reconhecimento facial. A inclusão financeira, atualmente, não se sustenta mais em procedimentos que exigem a presença física, como reuniões. Portanto, a tecnologia é um vetor importante para abarcar mais gente no sistema”. 

O processamento de linguagem natural (PNL) é outra ferramenta que a automação potencializa para a democratização do sistema bancário.  Para a UiPath, a mineração de comunicações usando o PNL para avaliar interações de clientes personaliza a experiência, o que permite oferecer serviços mais compatíveis com cada perfil e no momento correto.   

O fato é que é fácil se sentir sobrecarregado pelas complexidades dos sistemas financeiros de hoje, particularmente aqueles que foram excluídos disso. E, neste sentido, a tecnologia também pode ter um papel fundamental a desempenhar na superação dessas questões. “Com a automação movida a inteligência artificial, por exemplo, é possível disseminar serviços de divulgação e educação de forma mais assertiva, ajudando as pessoas a navegar no que podem ser processos complexos e geralmente confusos. Esta é uma vitória para o indivíduo e para o banco que deseja, de fato, incluir e atender melhor. Com o binômio automação-IA, as instituições podem oferecer serviços personalizados a clientes que eles não poderiam alcançar antes e a um custo bastante reduzido”, resume Edgar. 
 
Sobre a UiPath

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