O diálogo em torno do uso de telas na infância, especialmente antes dos dois anos, gera muitos pontos de vistas e debates válidos, com questões positivas, como o potencial das telas de oferecerem entretenimento e oportunidades de aprendizado para as crianças, como o lado negativo do uso excessivo, que pode impactar níveis o desenvolvimento físico, cognitivo e social dos pequenos.
Nesse contexto, Liliane Fernanda Ferreira, diretora da B2G, distribuidora da marca Quinyx, que fornece produtos de tecnologia educacional, observa que a decisão sempre cabe aos pais ou responsáveis, mas ressalta que o uso supervisionado e estruturado pode fortalecer o que é aprendido na escola.
“A integração de telas, ferramentas e plataformas digitais em casa pode ter um impacto significativo no desempenho acadêmico das crianças. Essa abordagem permite uma aprendizagem mais personalizada, adaptada ao ritmo e estilo de cada criança. Esses equipamentos oferecem a oportunidade de revisar e reforçar os conceitos ensinados em sala de aula, promovendo compreensão mais sólida dos temas, além da possibilidade de explorar assuntos adicionais, e do incentivo à pesquisa autônoma, estimulando a curiosidade e conhecimento”, explica.
Segundo a especialista, os equipamentos adequados também ajudam a desenvolver habilidades digitais essenciais para o mundo moderno, pois preparam as crianças para um futuro cada vez mais dependente da inovação digital, equipando-as com habilidades aprimoradas para enfrentar os desafios educacionais e profissionais.
“Ao participar das atividades junto com os pais, a criança não apenas se diverte, mas também permite que os responsáveis acompanhem de perto seu processo de aprendizagem. Essa interação direta fortalece os laços familiares e cria oportunidades inovadoras para o envolvimento dos pais no desenvolvimento educacional e lúdico de seus filhos”, completa.
No caso da Mesinha Digital, por exemplo, a configuração permite que os intermediadores estabeleçam limites de tempo para o uso do equipamento, oferecendo a possibilidade de programar horários específicos nos quais a criança pode interagir. Também é possível acessar relatórios de acompanhamento de uso, implementar senhas e ocultar aplicativos não pertinentes ao momento de aprendizagem ou que não estejam alinhados com a faixa etária da criança.
Pensando nisso, ela separou quatro dicas para tornar esses momentos mais agradáveis e significativos para o aprendizado da criança.
1 – Controle do tempo e conteúdo: estabelecer limites claros de tempo de tela e selecionar cuidadosamente o conteúdo. Priorizar programas educacionais, interativos e de qualidade para crianças.
2 – Envolvimento com a criança: participar das atividades na tela, conversando sobre o que está assistindo ou jogando, para ajudar a fortalecer o aprendizado e as conexões sociais.
3 – Reforçar a interatividade: optar por aplicativos, jogos e programas que incentivem a participação ativa da criança. Escolher interações como videochamadas com familiares ou amigos, jogos cooperativos ou atividades criativas online, onde a criança possa se expressar e colaborar.
4 – Equilíbrio com atividades offline: inserir na rotina outras brincadeiras que não envolvam telas para garantir um equilíbrio saudável entre esses momentos. Podem ser brincadeiras ao ar livre, leitura, jogos de tabuleiro e outras possibilidades que estimulam a criatividade, a imaginação e a interação pessoal.