Segundo o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o IPEA, a prévia de déficit primário do governo central — Tesouro Nacional, Previdência Social e Banco Central – é R$ 25 bilhões no mês de agosto de 2023.
No acumulado do ano, há déficit de R$ 102,9 bilhões nas contas do governo central. Em agosto de 2022, havia um superávit primário acumulado de R$ 26,3 bilhões.
O resultado primário se refere à diferença entre receitas e despesas, excluída a parcela de pagamento referente aos juros nominais.
O resultado primário é importante porque indica a sustentabilidade da dívida a longo prazo e a capacidade de pagamento de títulos.
A receita líquida do governo central atingiu R$ 134,6 bilhões neste mês, decréscimo em termos reais de 7,1%, comparativamente a agosto de 2022.
Esse decréscimo é fruto das receitas não administradas pela Receita Federal do Brasil (RFB), que caíram 30% no período.
Dessa maneira, a receita líquida, após as transferências legais e constitucionais, teve retração.
Já as despesas totais tiveram um crescimento real de R$ 57,2 bilhões, com destaque para as despesas com benefícios previdenciários.
A prévia é divulgada de acordo com dados da execução orçamentária, registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal, obtidos por meio do Tesouro Gerencial, os quais fornecem boa aproximação com os dados oficiais relativos ao resultado primário que será divulgado posteriormente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN).