Fortaleza, 17 de dezembro de 2024 – Com o PRAIA – Programa de Apoio à Inovação Aberta do Instituto Atlântico, dois empreendedores de Fortaleza realizaram o sonho acalentado durante 14 anos – desde os tempos do curso de Ciência da Computação, na Universidade Estadual do Ceará. O sonho de empreender deu origem à startup Vem Quitar, que agora contratou a Unidade Embrapii Atlântico como parceira no desenvolvimento de sua solução destinada a facilitar a negociação de dívidas entre empresas e clientes, com base no uso de recursos de Inteligência Artificial (IA) e ciência de dados.
A Vem Quitar foi criada em 2020, a partir da seleção de sua proposta no primeiro ciclo de apoio a startups do PRAIA. Os empreendedores Cleiton Lima Rocha e Romildo Ferreira Lima Junior, que estudaram juntos na universidade e voltaram a se encontrar anos depois como colaboradores do Atlântico, buscaram o apoio desse programa de aceleração para transformar sua ideia em uma solução para o mercado. “A ideia surgiu da identificação de uma dificuldade das empresas do setor de energia em negociar a quitação de dívidas com seus clientes”, conta Cleiton Rocha, que é o CEO da Vem Quitar.
“Para facilitar essa negociação desenvolvemos modelos inteligentes e um chatbot, que chegaram a passar por algumas validações em uma empresa da área de assessoria de cobrança indicada pelo Atlântico. Mas percebemos que era preciso evoluir a solução para uma plataforma inteligente que permitisse um atendimento humanizado e adequado ao perfil do cliente devedor”, acrescenta. Com o advento dos grandes modelos de linguagem (LLM, na sigla em inglês) e de tecnologias de IA generativa, a Vem Quitar encontrou nesses recursos o caminho para avançar em direção ao objetivo de sua proposta. “A intenção é customizar modelos inteligentes que serão integrados ao chatbot. Os modelos permitirão identificar quem tem potencial para pagar a dívida, além de recomendar quanto, quando e como cobrar”, explica Rocha.
Romildo Lima destaca que o apoio do PRAIA foi importante na fase inicial da startup, durante a qual os empreendedores receberam capacitação, orientações e ajuda até para a inscrição de propostas em vários editais abertos por programas de fomento. Uma das propostas foi submetida à Embrapii (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), por intermédio da Unidade Atlântico, e ao Sebrae, que aprovaram a aplicação de seus recursos no desenvolvimento do projeto. Quase metade do valor total de R$ 551.535 a ser investido nos seis meses de projeto será aportado pela Embrapii; 25% pelo Sebrae, 15% pelo Atlântico e apenas 11% pela Vem Quitar. Esses 11% investidos pela startup são recursos originários de captação obtida a partir de edital de subvenção estatal (do Programa Centelha Ceará)
Além do investimento dos parceiros, Lima destaca a vantagem do acesso à infraestrutura e aos recursos tecnológicos avançados disponíveis no Atlântico para o desenvolvimento do projeto – que começou em dezembro. “O treinamento dos modelos de IA, que serão usados em toda a jornada de negociação da plataforma, requer uma infraestrutura de processamento poderosa e muito cara. Para uma startup é fundamental poder utilizar nesse trabalho uma infraestrutura moderna, escalável e com GPUs de última geração como a do Atlântico”, conclui.
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PEDRO HENRIQUE DE CARVALHO CASSIANO
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